Mais de 40% dos brasileiros (41,3%) devem consumir no comércio e nos mercados para celebrar o Natal deste ano, de acordo com a pesquisa nacional de intenção de compras da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). A outra metade (41,3%) disse que não vai gastar nada e outros 17,4% mostraram-se indecisos. O estudo encomendado pela entidade junto à Behup foi feito com pessoas de todas as classes sociais no início deste mês. Os pesquisadores ouviram 1.623 consumidores nas regiões Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
As roupas, os calçados e acessórios, com 51,5%, lideram a intenção de compras. Os brinquedos, somados a itens tradicionais como bolas de futebol e bonecas, somam 34,9% das pretensões de consumo. Outros destaques são os alimentos tradicionais para a ceia de Natal como peru, frutas secas e panetones que agregam 28,8% das intenções de consumo.
Presentes para a família como perfumes (28,6%), aparelhos celulares (18,4%); bebidas alcoólicas (18,1%), decoração e enfeites de Natal (15,7%), livros (12,1%); móveis e artigos para o lar (12%), relógios (11,3%), viagens (11%) também foram bastante citados pelos consumidores. Na pesquisa, os entrevistados podiam escolher mais de um item, levando-se em consideração, apenas, tudo o que se pretendia consumir para o Natal.
Esse estudo confirma também o que já era uma tendência. A pesquisa encomendada pela ACSP para mostrar o interesse do consumidor na Black Friday já apontava que as pessoas não antecipariam as compras. Na ocasião, apenas 23% dos entrevistados disseram que comprariam em novembro os presentes de Natal. Agora, 82,6% afirmaram que não aproveitaram aquelas promoções para o consumo do fim de ano.
“Como o consumidor não antecipou as compras na Black Friday, o mês de dezembro deverá ser bem movimentado no comércio, porque as pessoas deixaram para consumir agora”, disse Marcel Solimeo, economista da ACSP.
A expectativa da entidade é a de que haja um aumento de 10% no volume de vendas comparado ao mesmo período do ano passado. No entanto, é preciso deixar claro que o fim de 2020 foi um período ruim para o comércio, pois o distanciamento social era maior entre a população, com os brasileiros ainda sem acesso à vacina e com a pandemia fora de controle. “A liberação da parcela do Auxílio Brasil, em dezembro, também vai ajudar a impulsionar o consumo, pois atinge diretamente as classes sociais que mais precisam do dinheiro neste momento para comprar”