Meu papo hoje será reto. Você já ouviu aquela expressão que “não existe almoço de graça”? O que em outras palavras quer dizer, que mesmo que lhe ofereçam algo de graça e você realmente não pague nenhum valor financeiro por aquilo, sempre terá alguém pagando essa conta.
Assim é a vida. Tudo, absolutamente tudo, tem um preço e quando se trata de questões existênciais, sempre haverá uma conta a ser paga por você, a cada escolha e decisão que tomar. E é bom lembrar que quem se omite e fica em cima do muro para não ter que lidar com a angústia da escolha, está decidindo não decidir e pagará o respectivo ingresso por essa atitude. Engana-se quem acha que as contas mais onerosas são as que vem em formato de boleto ou debitadas na fatura do cartão de crédito. Mesmo essas quando possuem muitas casas decimais, ainda assim, costumam ser menores do que o débito na consciência quando as ações tomadas surtem o efeito contrário do que se almejava.
Existe uma conta que as escolas não ensinam a efetuar. São as chamadas contas emocionais ao fazermos o exame de consciência em relação a postura, escolhas e atitudes que tomamos diante dos desafios da vida. Altos preços são cobrados quando não conseguimos lidar adequadamente com os conflitos que emergem nas relações e nas bifurcações existentes ao longo da estrada: direita ou esquerda? Empreender ou buscar emprego? Ser um prestador de serviço autônomo ou um servidor público? Essa ou aquela empresa? Estudar ou viajar? Casar ou curtir a vida adoidado?
A gente cresce achando que ganhar as coisas de graça é vantajoso, mas bom mesmo é poder bancar as próprias escolhas, enfrentar o risco de errar e ter a bravura para corrigir ou mudar de rota sempre que desejar
As dúvidas não param, mas de todos os possíveis custos, existem duas ações que costumam gerar os preços mais exorbitantes que conheço: a desonestidade e o vitimismo. Se você falir e ficar totalmente desprovido de capital, com reputação e ética, em relativamente pouco tempo, você se restabelece. Como é o caso do inspirador empreendedor Geraldo Rulfino que já quebrou seis vezes, mas segundo ele, saiu mais forte e mais rico de cada uma dessas experiências. Já o bilionário desonesto perde os bens mais preciosos que sustentam a vida – a paz, a confiança e a credibilidade.
Aquele que prefere o papel de vítima ao protagonismo, nunca experimentará a abundância e a prosperidade, pois estará lidando continuamente com a escassez emocional geradora de dependência, de falta de assertividade e de ausência de domínio da própria vida. Lamentável!
A gente cresce achando que ganhar as coisas de graça é vantajoso, mas bom mesmo é poder bancar as próprias escolhas, enfrentar o risco de errar e ter a bravura para corrigir ou mudar de rota sempre que desejar.
Se você está se sentindo perdido no meio de tantas opções que a vida oferece, sem saber se casa ou se compra uma bicicleta, eu lhe digo que para ser feliz, você precisa saber:
- O que realmente importa na vida;
- O que fazer com o que você tem – seus recursos internos e externos, e
- Qual o preço você está disposto a pagar pela vida que você quer ter.
Afinal, não existe bônus sem ônus, recebimentos sem entregas, sucesso sem dor e amor sem doação. Pense nisso!