A produção industrial da Bahia seguiu registrou uma queda de 12,4%), em abril, frente ao mês anterior, na comparação com ajuste sazonal. Foi o quinto recuo consecutivo para o estado nesse comparativo e o mais intenso nesta sequência, que se iniciou em dezembro de 2020. A queda da produção industrial baiana, na passagem de março para abril, foi a mais profunda entre os 15 locais investigados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) Regional do IBGE, sendo bem mais intensa que a registrada no país como um todo (-1,3%).
Além de apresentar a maior retração frente ao mês imediatamente anterior, dentre os locais pesquisados, em relação a abril de 2020, a produção industrial baiana também registrou o maior recuo do país (-10%). Pelo terceiro mês consecutivo, o estado teve a maior retração nacional nesse comparativo, em um desempenho muito pior do que o Brasil como um todo, onde houve alta considerável (34,7%), devido, em grande parte, a uma baixa base de comparação.
Na comparação abril 21/abril 20, 12 dos 15 locais investigados tiveram crescimento da produção industrial, com destaque para Amazonas (132,8%), Ceará (90,2%) e Paraná (55,1%). Além da Bahia, os únicos estados a apresentar resultados negativos foram Goiás (-8,7%) e Mato Grosso (-2,0%).
A Bahia também tem os piores índices do Brasil no acumulado nos quatro primeiros meses de 2021 frente ao mesmo período do ano anterior (-16,3%) e nos 12 meses encerrados em abril (-9,8%). Em ambos os indicadores, o resultado está aquém do apresentado pela indústria nacional (10,5% e 1,1%, respectivamente).
Petróleo e metalurgia
O recuo na produção industrial da Bahia na comparação com abril de 2020 (-10%) se deu por conta da quarta queda seguida na indústria de transformação (-12,2%). Por outro lado, a indústria extrativa (27,4%) apresentou o seu segundo resultado positivo consecutivo.
Apesar da queda geral no mês, houve retrações em apenas 4 das 11 atividades da indústria de transformação investigadas separadamente no estado, com destaques para a fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-63,3%) e para a metalurgia (-25,6%). Foram esses segmentos que mais puxaram a produção industrial baiana como um todo para baixo.
Entre as 7 atividades industriais com aumento de produção em abril 21/ abril 20 na Bahia, os principais destaques, em contribuição para segurar a queda da indústria baiana no mês, vieram, respectivamente, da fabricação de outros produtos químicos (36,4%) e da fabricação de produtos de borracha e de material plástico (225,3%), que também apresentou a maior taxa positiva.
Outras atividades com crescimentos significativos, mas com peso menor para o resultado da indústria baiana no mês foram a preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (164,6%) e a fabricação de bebidas (102,4%).
Depois de 14 retrações consecutivas, o segmento de fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias apresentou, em abril, o seu primeiro resultado positivo (1,2%) desde janeiro de 2020, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. O avanço se deu, porém, depois de o segmento ter tido uma intensa queda em abril de 2020 (-97,2%), em virtude da pandemia.