O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), calculado pelo IBGE, ficou em 0,37% na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Foi a segunda desaceleração consecutiva frente ao mês anterior (havia sido de 0,58% em abril), mas ainda ficou bem acima da deflação registrada em maio do ano passado (-0,54%). O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, refletindo os preços coletados entre 14 de abril e 13 de maio.
No acumulado de janeiro a maio de 2021, o IPCA-15 da RMS está em 2,90%. Segue abaixo do índice do Brasil como um todo (3,27%) e se mantém como o 2º menor entre os 11 locais pesquisados, acima apenas do verificado na RM São Paulo/SP (2,65%). Já nos 12 meses encerrados em maio, o índice acumula alta de 6,49% na RMS. Segue acelerando frente aos 12 meses encerrados em abril (5,53%), mas ainda se mantém menor que o indicador nacional (7,27%) e é o 3º mais baixo entre as áreas pesquisadas separadamente.
Energia elétrica
O IPCA-15 de maio na Região Metropolitana de Salvador (0,37%) foi resultado de aumentos nos preços médios de seis dos nove grupos de produtos e serviços que formam o índice. Com a maior alta, o grupo habitação (1,62%) também exerceu a principal pressão inflacionária no índice do mês. Foi puxado fortemente pelo aumento da energia elétrica (5,83%), que teve a maior contribuição individual na prévia da inflação de maio, na RMS.
Em maio, passou a vigorar a bandeira tarifária vermelha patamar 1, que acrescenta R$ 4,169 na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Além disso, houve reajuste nas contas de luz na RMS.
Os gastos com saúde e cuidados pessoais tiveram o segundo maior aumento (1,38%) e a segunda principal contribuição de alta. Foram puxados principalmente pelos perfumes (2,38%) e planos de saúde (0,66%).
Os preços dos alimentos em geral também voltaram a acelerar na prévia de maio (0,61%, frente a 0,52% em abril). Tiveram influência importante das refeições fora de casa (almoço ou jantar, 1,11%), mas também de produtos consumidos no próprio domicílio (0,79%), a exemplo das carnes em geral (1,72%), das aves e ovos (1,53%) e leites e derivados (1,01%), entre outros.
Depois de puxar a prévia da inflação para cima entre fevereiro e abril, na Região Metropolitana de Salvador, o grupo transportes teve a maior deflação média no IPCA-15 de maio (-1,23%) e foi fundamental para segurar a alta de preços em geral. Houve recuos importantes na gasolina (-2,96%) e nas passagens aéreas (-33,80%).
Entretanto, por conta do reajuste das passagens, os ônibus urbanos, com alta de 2,86%, exerceram a segunda principal pressão de alta individual no índice geral, abaixo apenas da energia elétrica.