Ê Mainha!
Comida de mãe coloca a gente no colo. É como se fosse um acalento, um conselho, um cuidado, um sorriso no vento, ou um bem baiano: “menino, tome tento!”
Comida de mãe é temperada de afeto, de amor, de carinho. Um passeio por memórias guardadas no coração, lá escondidinho, bem no cantinho.
Uma viagem à infância. Passeios que só a comida de mãe nos proporciona em abundância, nos fazendo resgatar lembranças, e ao voltar no tempo, nos fazendo sentir sempre crianças.
Comida de mãe é amamentar. Amamentar nosso tempo de vida aqui neste mundo. É prolongar nossas esperanças em nós mesmos. É sempre acreditar que estamos sempre no primeiro plano, nunca em segundo.
Comida de mãe entra pela porta da frente, nos deixa de satisfeito cheio, e nos emociona anagramicamente, sem economia. Uma vontade louca de reviver momentos, provocada pela mais simples alquimia.
Uma sensação de pertencimento e segurança. Um acolhimento na primeira garfada. Conexão imediata com o que o destino nos deu como casa, como fonte de alimento e depois como escada.
Comida de mãe é raspar o prato do exemplo e do ensinamento. É aprender a ser amado e devolver isso ao mundo, sem discernimento.
Comida de mãe, lembrando nosso saudoso poeta Suassuna, tempera o choro, mas nunca salga o pranto. Um minuto com Deus, uma necessidade. Uma benção recheada de saudade.
Um doce carinhoso sobre a mesa. Afagos e arrepios que voltam pra nos aquecer e nos divertir. Que nos fazem ouvir nossos próprios risos e ver de canto de boca, nossos sorrisos.
Comida de mãe é diferente, mas é tudo igual. É de mãe.
Ê Mainha! Sua cozinha tem seu Valor!
Aqui em nossa coluna iremos encontrar uma diversidade de temas, sempre associados à gastronomia, que irão desde receitas e dicas, até reflexões e relatos de vida.
Sou Prof Chef CRIS MARCO e desejo a você um fim de semana de Valor.