O volume do setor de serviços na Bahia seguiu em queda (-1,8%) em fevereiro, frente a janeiro de 2020, na série com ajuste sazonal. Foi o terceiro resultado negativo consecutivo no confronto com o mês imediatamente anterior, embora tenha sido um recuo bem menos intenso do que o registrado na passagem de dezembro para janeiro (-9,1%). De janeiro para fevereiro, o setor de serviços na Bahia (-1,8%) teve um desempenho bem pior que o do Brasil como um todo (3,7%). Os resultados negativos também se mantiveram na comparação com fevereiro de 2020. Nesse confronto, o volume dos serviços prestados na Bahia teve queda de 14%. Foi o pior fevereiro para o setor no estado em dez anos, desde o início da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), realizada pelo IBGE desde 2011.
Frente a fevereiro/20, os serviços também recuaram no Brasil como um todo (-2%), ainda que de forma bem menos intensa, e mostraram resultados negativos em 17 das 27 unidades da Federação. A Bahia teve a segunda queda mais intensa, menor apenas que a registrada no Rio Grande do Norte (-14,7%), e foi seguida pelo Distrito Federal (-5,1%). Os melhores resultados, por sua vez, vieram do Amazonas (10,7%), Tocantins (10,0%) e Santa Catarina (9,9%).
No acumulado nos dois primeiros meses de 2021, a Bahia tem a maior queda no volume de serviços prestados no país (-13%), empatada com o Rio Grande do Norte. No Brasil como um todo, o setor também recua (-3,5%), com resultados negativos em 18 dos 27 estados. No acumulado nos 12 meses encerrados em fevereiro, o resultado dos serviços na Bahia (-16,2%) também fica muito aquém do nacional (-8,6%) e é o terceiro pior entre os 27 estados. Nesse confronto, o setor apresenta variação positiva apenas no Amazonas (0,6%).
Atividades
O recuo no volume do setor de serviços baiano em fevereiro frente ao mesmo mês de 2020 (-14%) foi resultado de quedas ocorridas em quatro dos cinco grupos de atividades investigados pelo IBGE. O quadro geral foi bem parecido com o do mês de janeiro. O maior recuo veio, mais uma vez, dos serviços prestados às famílias (-30,5%). A atividade, que tem resultados negativos mês a mês há quase um ano (desde março de 2020), mostrou aceleração no ritmo de queda e teve o pior fevereiro desde o início da série histórica da PMS, em 2011.
Entretanto, foram novamente os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, com a segunda queda mais profunda entre as atividades (-17,1%), que mais contribuíram para o resultado negativo do setor em geral. Isso porque essa é a atividade de maior peso na estrutura dos serviços baianos. O resultado dos transportes também foi o pior para um mês de fevereiro em dez anos, desde o início da série da PMS.
Os dois outros grupos de atividades que tiveram quedas em janeiro na Bahia (serviços profissionais administrativos e complementares, com -7,3%, e serviços de informação e comunicação, com -5,7%) vêm com desempenhos negativos seguidos pelo menos desde novembro de 2019.
Por outro lado, o único resultado positivo no mês veio dos outros serviços (7,6%).