Não há quem não tenha ficado impactado e não tenha refletido sobre sua vida e carreira, mediante a pandemia do novo coronavírus. O cenário pandêmico tem provocado reflexões sobre como será o amanhã, e questionamentos sobre o futuro do mercado de trabalho, das empresas e da vida em geral. Choques como esse que ainda estamos vivendo, invariavelmente nos remete a finitude e ao sentido da existência. Toda essa mudança brusca de rotina, estilo de vida, hábitos e comportamentos contribuem para o despertar da consciência sobre o que realmente importa. Afinal, fica evidente a lei da impermanência e a constatação óbvia de que não temos todo o tempo do mundo. Então, emerge a pergunta que impulsiona o indivíduo em direção à felicidade: será que estou construindo algo de valor para mim mesmo e para os outros?
De acordo com o modelo de bem-estar criado por Martin Seligman, mentor da Psicologia Positiva, construir algo de valor é o que dá sentido a vida, é o que possibilita a conexão do propósito do indivíduo com o dia a dia do trabalho, potencializando a motivação, o alcance de metas e a autorrealização.
Apesar dos pesares, o caos e a crise são uma grande oportunidade para pensar e rever se a sua carreira está condizente com aquilo que você almeja viver.
Segundo pesquisa realizada pelo grupo britânico de educação Pearson, cerca de 76% dos brasileiros repensaram suas carreiras profissionais por conta da Covid-19 e 59% demonstraram preocupação em ter que mudar de carreira ou de área de atuação devido à crise.
Apesar dos pesares, o caos e a crise são uma grande oportunidade para pensar e rever se a sua carreira está condizente com aquilo que você almeja viver
As diversas transformações sociais causadas pela pandemia, além de suscitar a revisão de prioridades e escolhas, têm feito as pessoas analisarem também as habilidades necessárias para lidar com a nova realidade do trabalho.
Os processos de contratação tendem a valorizar cada vez mais a história de vida dos profissionais, considerando as saídas que esses encontraram para seus problemas e desafios ao longo da sua trajetória, ao invés de simplesmente se ater aos conhecimentos e experiências técnicas descritas no currículo tradicional.
As competências socioemocionais ou soft skills ganham relevância progressiva e dentre as mais almejadas para enfrentar o imaginário “novo normal”, estão a capacidade de adaptação, resiliência, liderança, inteligência emocional, comunicação e a capacidade de colaborar e engajar-se com o time mesmo estando à distância. Habilidades essas relevantes, seja você empregado, autônomo ou empreendedor.
As incertezas imperam, mas não restam dúvidas que todos nós ampliaremos nossas oportunidades, se formos capazes de interagir facilmente com a tecnologia e de nos autogerenciarmos. O futuro que já chegou, é de pessoas que possuem pensamento crítico, mostram-se autônomas e autorresponsáveis; que tem brilhos nos olhos e sabem o que querem.
Pessoas que lidam bem com esse mundo híbrido – cada vez mais tecnológico exigindo de nós, cada vez mais empatia e humanidade, bem como, transitam em harmonia entre o “home” e o “office”.
E você, já identificou o que deve aprender para adaptar e ser feliz no novo mundo do trabalho?