O abate de frangos continuou em alta na Bahia, em 2020, avançando 6,6% em relação a 2019 e chegando a um novo recorde histórico para o estado (desde 2006). No ano passado, foram abatidos 127,239 milhões de animais, o que equivaleu a 7,910 milhões a mais do que no ano anterior (quando haviam sido abatidos 119,328 milhões de frangos no estado). Foi o sexto crescimento anual consecutivo no abate de frangos na Bahia.
No Brasil como um todo, 2020 também foi ano de recorde no abate de frangos. Foram abatidos quase 6 bilhões de animais, 3,3% a mais do que em 2019 (mais 190,8 milhões de cabeças). O abate de frangos cresceu em 14 das 19 unidades da Federação com resultados para essa atividade no ano passado.
O frango é uma carne com valor mais acessível do que as demais e, como não teve destaque na pauta de exportações do Brasil em 2020, é possível considerar que boa parte do aumento no abate foi destinado ao consumo interno.
O Paraná continua o líder no abate de frangos, com 33,4% de participação nacional em 2020. A produção baiana representou 2,1% do total, mantendo-se estável em relação a 2019.
As informações são das Pesquisas Trimestrais da Produção Pecuária, do IBGE, que investigam, além do abate de animais, a aquisição de leite, a produção de ovos e a aquisição de couro.
Leite
A aquisição de leite foi outro destaque positivo da produção pecuária da Bahia, em 2020, batendo um novo recorde e chegando ao seu patamar mais alto em 23 anos (desde 1997).
No ano passado, ela apresentou o quarto aumento consecutivo (+22,3%) e chegou a 564,512 milhões de litros de leite adquiridos pelos estabelecimentos de laticínios sob algum tipo de inspeção sanitária no estado, cerca de 103 milhões de litros a mais que em 2019.
No país como um todo, os laticínios sob serviço de inspeção sanitária captaram 25,5 bilhões de litros em 2020, 2,1% a mais do que em 2019. O resultado deu continuidade à sequência de resultados positivos, observada desde 2017 e também foi um novo recorde na série histórica, iniciada em 1997. Houve aumento no volume captado em 14 das 26 unidades da Federação participantes da pesquisa.
O ano de 2020 foi marcado por variações na demanda por produtos lácteos, influenciada pelas restrições impostas por conta do isolamento social e pela valorização do leite, acompanhada do aumento dos custos de produção do setor.
A Bahia respondeu, no ano passado, por 2,2% de todo o leite adquirido no país, aumentando mais um pouco sua participação nessa produção nacional (era de 1,8% em 2019 e de 1,7% em em 2018). Minas Gerais manteve, em 2020, sua liderança na produção nacional de leite, com 25,5% do total captado.
Ovos
Com forte crescimento de 2019 para 2020, a produção de ovos também foi recorde na Bahia, ficando em 58,327 milhões de dúzias – maior quantitativo em 19 anos, desde 2001, quando foi iniciada a série histórica do IBGE no estado.
A produção baiana de ovos em 2020 foi 31,0% maior que a de 2019, o que representou mais 13,798 milhões de dúzias em um ano. O avanço ocorreu após dois anos seguidos em queda e foi o maior crescimento percentual da série histórica.
A produção brasileira de ovos de galinha foi de 4,0 bilhões de dúzias em 2020, 3,0% maior que a de 2019. O resultado foi influenciado pelo aumento do consumo do produto em meio à recessão instaurada por conta da pandemia, por se tratar de uma proteína de valor mais acessível em comparação às carnes.
Houve aumento de produção em 18 das 26 unidades da Federação com granjas enquadradas no universo da pesquisa. O crescimento absoluto na Bahia (+13,8 milhões de dúzias) foi o terceiro mais intenso entre os estados produtores.
Responsável por 28,9% do total, São Paulo é o líder na produção nacional de ovos de galinha. A Bahia respondeu, em 2020, por 1,5% do total, frente a 1,2% em 2019.