O volume do setor de serviços na Bahia,e m agosto, voltou a crescer (3%) frente ao mês anterior, na série com ajuste sazonal, após ter registrado queda na passagem de junho para julho (-0,7%). Nessa comparação, foi um resultado bem próximo ao nacional (2,9%) e o melhor para um mês de agosto, empatado com o verificado em 2011, desde o início da série da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do IBGE.
Apesar disso, está longe de mostrar recuperação em relação às perdas causadas pela pandemia. Os serviços baianos seguem acumulando forte retração desde que se iniciou o isolamento social para combater a Covid-19. Nos seis meses entre março e agosto, o setor acumula queda de 22,3% no estado.
Na comparação com agosto de 2019, o setor de serviços baiano segue apresentando forte queda (-23,4%). Foi o pior resultado entre os estados, empatado com o de Alagoas (-23,4%), muito abaixo do nacional (-10%) e a maior queda para um mês de agosto na Bahia desde o início da série histórica da PMS, em 2011.
Mantendo-se apenas com resultados negativos neste ano, frente aos mesmos períodos de 2019, o setor de serviços na Bahia acumula recuo de 18,6% de janeiro a agosto, frente ao mesmo período de 2019. Até o momento, 2020 é o pior ano para os serviços no estado desde o início da PMS, em 2011. Nesse indicador, o desempenho baiano continua o 2o pior dentre as 27 unidades da Federação, à frente apenas de Alagoas (-19,6%).
No país como um todo, os serviços acumulam queda de 9% no ano de 2020, com resultado positivo apenas em Rondônia (3,5%).
Nos 12 meses encerrados em agosto, os serviços baianos também seguem em baixa (-13,4%). Um desempenho bem inferior ao nacional (-5,3%) e o segundo recuo mais profundo entre os estados, mais uma vez acima apenas de Alagoas (-15,1%).
Segmentos
O forte recuo no volume do setor de serviços baiano em agosto frente ao mesmo mês de 2019 (-23,4%) foi resultado de quedas em todos os cinco grupos de atividades investigados pelo IBGE. Foi a quinta vez neste ano que se registrou esse cenário de retração generalizada no estado: isso já havia ocorrido em março, abril, maio e julho.
Assim como ocorre desde março, as duas atividades que mais contribuíram com a queda geral do setor de serviços na Bahia, em agosto, foram os serviços prestados às famílias (-67,4%) e os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-20,3%), que também tiveram os dois recuos mais profundos no mês.
A queda nos serviços prestados às famílias (-67,4%) foi menor do que o recorde registrado em julho (-79,9%), mas o segmento continua o mais impactado pela pandemia, acumulando recuo de -45,7% no ano de 2020.
Os transportes caem seguidamente desde fevereiro, mas continuaram mostrando uma leve desaceleração no ritmo de recuo entre julho (-21,8%) e agosto (-20,3%).