O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), calculado pelo IBGE, ficou em 0,43%, em outubro, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), acelerando, tanto em relação ao registrado em setembro (0,18%), quanto ao índice de outubro do ano passado (0,20%).
Apesar da aceleração, o IPCA-15 de outubro na RMS ficou abaixo do registrado no país como um todo (0,94%) e foi novamente o mais baixo entre as 11 áreas pesquisadas separadamente. No mês, a prévia da inflação foi maior nas regiões metropolitanas de Fortaleza (1,35%), Belém (1,33%) e Recife (1,12%).
O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, refletindo os preços coletados entre 12 de setembro e 13 de outubro.
No acumulado de janeiro a outubro de 2020, o IPCA-15 da RMS acelerou para 2,27% (havia ficado em 1,83% em setembro). Está pouco abaixo do índice do Brasil como um todo (2,31%) e é o 6º mais alto dentre os 11 locais pesquisados.
Nos 12 meses encerrados em outubro, o índice acumula alta de 3,26%, na RMS, também acelerando em relação aos 12 meses encerrados em setembro (3,02%), mas se mantendo menor que o indicador nacional (3,56%).
Carnes e arroz
O IPCA-15 de outubro na Região Metropolitana de Salvador (0,43%) foi resultado de aumentos nos preços médios de seis dos nove grupos de produtos e serviços que formam o índice.Os gastos com alimentação e bebidas (1,80%) e saúde e cuidados pessoais (0,48%) foram, nessa ordem, as principais pressões de alta no índice do mês, na RMS.
As carnes em geral (6,28%) deram a principal contribuição no grupo, com peso importante da costela (9,47%). Porém, entre os itens isolados, o arroz (14,91%) foi a maior influência dentre os alimentos e a segunda principal pressão inflacionária entre as centenas de produtos e serviços pesquisados no IPCA-15. Outros alimentos com altas importantes foram o óleo de soja (20,41%) e o tomate (15,82%).
Já no grupo da saúde e cuidados pessoais, os itens de higiene pessoal (1,40%) deram a maior contribuição para o aumento do IPCA-15, liderados pelo perfume (2,82%).
Dentre os grupos com deflação no IPCA-15 de outubro, na RMS, os destaques foram para transportes (-0,42%) e vestuário (-0,23%), que apresentaram os recuos mais intensos nos preços e deram as principais contribuições no sentido de conter o índice do mês.
O grupo transportes teve a peculiaridade de apresentar os itens mais influentes para o aumento e para a contenção da inflação da RMS. A passagem aérea (40,36%) exerceu a maior pressão de alta individual e teve o maior aumento dentre todos os produtos e serviços investigados. Já a gasolina (-5,87%) foi o item que mais contribuiu para conter a prévia da inflação em outubro.