O volume do setor de serviços na Bahia, em maio, voltou a apresentar um resultado positivo frente ao mês anterior (4,7%), na série com ajuste sazonal, depois de duas quedas consecutivas (-7,4% em março e -21,6% em abril). Na comparação com abril, o resultado positivo nos serviços baianos foi na contramão do que foi verificado no Brasil como um todo, onde houve queda (-0,9%). O resultado na Bahia foi ainda o quarto melhor do país, atrás apenas de Santa Catarina (6,4%), Rio Grande do Sul (5,2%) e Paraíba (4,9%).
Na comparação com maio de 2019, o setor de serviços na Bahia apresentou nova queda acentuada (-27,2%), maior que a nacional (-19,5%) e a quinta mais intensa entre os estados. Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE.
Foi o segundo pior resultado para a Bahia, nessa comparação, desde que se iniciou a série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do IBGE, em 2011. Ficou acima apenas do verificado em abril/2020 (-30,2%).
Nesse confronto com o mesmo mês do ano passado, apenas dois estados tiveram alta no setor de serviços em maio: Rondônia (9,3%) e Mato Grosso (6,3%).
Com o quinto resultado negativo consecutivo frente ao mesmo período de 2019, o setor de serviços na Bahia acumula recuo de -15,3% de janeiro a maio de 2020. É a maior queda acumulada no ano, no estado, desde o início da séria da PMS, em 2011, e também o 2o pior desempenho dentre as 27 unidades da Federação, à frente apenas do Piauí (-15,6%).
No país como um todo, os serviços acumulam queda de -7,6% de janeiro a maio de 2020, com resultado positivo apenas em Rondônia (4,1%).
Nos 12 meses encerrados em maio, os serviços também seguem em baixa na Bahia (-8,7%). Um desempenho bem inferior ao nacional (-2,7%) e o terceiro recuo mais profundo entre os estados.
Todas as atividades de serviços recuam
O forte recuo no volume do setor de serviços baiano em maio frente ao mesmo mês de 2019 (-27,2%) foi resultado de uma nova queda generalizada, em todos os cinco grupos de atividades investigados pelo IBGE – a terceira consecutiva.
Além disso, três dos cinco grupos de atividades mostraram aceleração no ritmo de queda, ou seja, recuaram mais em maio do que em abril.
Os serviços prestados às famílias tiveram a maior retração dentre as atividades (-77,6%). Foi o pior resultado para o segmento desde o início da série histórica da PMS, em 2011, refletindo em grande parte a perda de receita de restaurantes e hotéis, que se aprofundou no mês de maio.
Ainda assim, o principal impacto negativo no resultado geral dos serviços baianos, em maio, veio mais uma vez da atividade de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-26,3%), que teve a terceira retração mais intensa, mas tem o maior peso na estrutura do setor, no estado.
Além da perda das receitas no transporte aéreo de passageiros e no transporte rodoviário coletivo de passageiros, se observaram quedas no transporte rodoviário de carga, operação de aeroportos, concessionárias de rodovias, entre outros.