O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, ficou em 0,34%, em janeiro, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), desacelerando de forma importante em relação à taxa de dezembro (1,26%) e ficando ligeiramente abaixo da inflação de janeiro de 2019 (0,37%). Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE.
Apesar da desaceleração, a inflação da RMS ficou acima da média nacional (0,21%) e foi a 3ª mais alta entre as 16 áreas investigadas separadamente pelo IBGE. O IPCA de janeiro na RMS (0,34%) ficou abaixo apenas dos registrados na Região Metropolitana de Belém (0,39%) e no município de Aracaju (0,39%). Em janeiro, Brasília (-0,12%), São Luís (-0,19%) e Rio Branco (-0,21%) tiveram deflações, segundo o IPCA.
Nos 12 meses encerrados em janeiro, a inflação na RMS acumula alta de 3,90%. Ficou abaixo, mas muito próxima dos 3,93% registrados nos 12 meses encerrados em dezembro, e menor também que o acumulado no mesmo período em janeiro de 2019 (4,06%). O índice acumulado está abaixo da média do país (4,19%).
Altas nos alimentos e nas despesas com habitação
Dentre os nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA, seis apresentaram altas em janeiro, na Região Metropolitana de Salvador, liderados por habitação (1,01%) e alimentação e bebidas (0,94%).
Com o segundo maior aumento, mas o maior peso nas despesas familiares, os alimentos foram mais uma vez a principal pressão inflacionária na Região Metropolitana de Salvador.
Depois de puxar o IPCA fortemente para cima no fim de 2019, as carnes em geral tiveram deflação em janeiro (-0,73%), na RMS. Apesar disso, tanto os alimentos consumidos em casa (0,84%) quanto a alimentação fora (1,19%) tiveram aumentos importantes no mês, sob forte influência, respectivamente, das frutas em geral (6,18%) e da refeição fora (almoço ou jantar), que subiu em média 1,11%.
Dentre os aumentos nos gastos com moradia, o mais importante veio da energia elétrica, que registrou alta de 2,03% e foi o item que, individualmente, mais puxou a inflação e janeiro para cima, na RMS. Com variação de 2,05%, o gás de botijão também contribuiu para elevar o custo de vida no mês.
A gasolina foi outra pressão inflacionária relevante em janeiro, na RMS. Teve alta de 0,93% e influenciou fortemente na alta dos transportes (0,34%). Nesse grupo, por outro lado, as passagens aéreas tiveram deflação (-1,79%) e ajudaram a conter o IPCA do mês.
Dentre os três grupos de produtos e serviços com quedas médias nos preços, em janeiro, saúde e cuidados pessoais (-0,42%) e vestuário (-0,55%) deram, nessa ordem, as principais contribuições no sentido de conter a inflação. Itens como produto para pele (-7,86%) e perfume (-3,15%) influenciaram no primeiro caso; roupas femininas (-0,91%) e infantis (-1,66%) pesaram no segundo.