As vendas do varejo na Bahia, em setembro, cresceram 2% em relação ao mês anterior, na série livre de influências sazonais, após o recuo (-0,9%) que havia sido registrado na passagem de julho para agosto. Foi o melhor resultado para um mês de setembro no estado, nessa comparação, desde o início da nova série histórica da Pesquisa Mensal de Comércio (em 2000) do IBGE. Ficou também acima da média nacional (0,7%) e acompanhou o avanço registrado em 22 das 27 unidades da Federação.
Na comparação com o mesmo mês de 2018, as vendas do comércio varejista baiano também avançaram em setembro (1,5%), após terem registrado estabilidade (0,0%) em agosto. Foi o melhor setembro do varejo no estado desde 2014 (2,9%).
Apesar de positivo, o desempenho ficou aquém da média nacional (2,1%). Frente a setembro do ano passado, as vendas do varejo cresceram em 16 dos 27 estados. Amapá (21,3%), Amazonas (12,5%) e Tocantins (9,7%) tiveram as maiores altas, enquanto Rondônia (-3,7%), Rio Grande do Sul (-3,8%) e Sergipe (-4,8%) registraram as maiores quedas.
Com os resultados de setembro, as vendas do varejo baiano se mantêm em alta tanto no acumulado no ano de 2019 (1%) quanto em 12 meses (1,1%). Em ambos os casos, entretanto, os indicadores estão abaixo da média nacional (1,3% e 1,5%, respectivamente).
Combustíveis e móveis e eletrodomésticos
Em setembro, na Bahia, o volume de vendas aumentou em 6 das 8 atividades do varejo restrito (que exclui os segmentos de automóveis e materiais de construção), na comparação com o mesmo mês de 2018.
O maior crescimento, em termos de magnitude da taxa, veio das vendas de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (14,3%). O segmento apresentou seu primeiro resultado positivo após uma sucessão de dez recuos (caía seguidamente desde novembro de 2018).
Porém, em razão do seu peso na estrutura do varejo no estado, os desempenhos de combustíveis e lubrificantes (9,6%, segundo maior aumento) e móveis e eletrodomésticos (6,3%, terceiro maior aumento) foram os que mais contribuíram para o resultado positivo do setor como um todo, em setembro.
As vendas de combustíveis vêm crescendo seguidamente na Bahia desde maio (há cinco meses), depois de terem apresentado quedas praticamente ininterruptas por 20 meses.
Já o segmento de móveis e eletrodomésticos teve a primeira alta depois de três meses em queda, com um avanço mais expressivo nas vendas de eletrodomésticos (8,0%) do que móveis (2,0%).
Os dois segmentos com queda nas vendas de setembro, na Bahia, foram os de livros, jornais, revistas e papelaria (-34,3%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-3,9%).
O segmento de livrarias manteve seu ritmo acelerado de queda nas vendas, que recuam sem parar há mais de um ano, desde julho de 2018. A principal influência negativa para o varejo baiano em setembro veio, porém, dos supermercados, segmento que de maior importância no setor e que mostrou seu quarto resultado negativo consecutivo.
Varejo ampliado avança 3,5%
Em setembro, na Bahia, o comércio varejista ampliado também teve altas nas vendas tanto frente a agosto (2,2%), na série com ajuste sazonal, quanto na comparação com setembro de 2018 (3,5%).
Na passagem de agosto para setembro, o resultado baiano (2,2%) ficou acima da média nacional (0,9%), enquanto na comparação com o mesmo mês do ano passado (3,5%) o resultado no estado foi pior que a média (4,4%). Na Bahia, o desempenho do varejo ampliado foi melhor que o do varejo restrito em ambos os confrontos.
O varejo ampliado engloba, além do varejo restrito, as vendas de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, para as quais não se consegue separar claramente o que é varejo do que é atacado.
Na comparação com setembro de 2018, os dois segmentos tiveram resultados positivos, sendo que as vendas de veículos (7,8%) cresceram mais que as de material de construção (6,2%).
O bom desempenho do varejo ampliado baiano em setembro levou as vendas do setor para o positivo tanto no acumulado no ano de 2019 (0,4%) quanto em 12 meses (0,5%). No país como um todo, o varejo ampliado cresce 3,6% no acumulado entre janeiro e setembro e avança 3,8% em 12 meses.