As vendas do varejo na Bahia recuaram 1% em agosto em relação ao mês anterior, na série livre de influências sazonais, após o crescimento de 2,4% que havia sido registrado na passagem de junho para julho. O resultado ficou abaixo do registrado no país como um todo, onde as vendas tiveram variação positiva de 0,1% entre julho de agosto. Foi também o pior mês de agosto para o varejo baiano, nessa comparação, desde 2015 (-1,3%)
Na comparação com o mesmo mês de 2018, o varejo baiano se manteve estável em agosto (0,0%), após ter registrado avanço de julho (3,5%). O desempenho também ficou aquém da média nacional (1,3%) e foi o pior para um mês de agosto, no estado, desde 2016 (-12,2%). Os dados foram divulgados pelo IBGE.
Apesar dos resultados de agosto, as vendas do varejo baiano ainda se mantêm em alta tanto no acumulado no ano de 2019 (0,9%) quanto no acumulado em 12 meses (0,9%). Em ambos os casos, houve desaceleração no crescimento frente a julho (quando os índices estavam em 1,1% e 1,0% respectivamente) e os resultados estão abaixo da média para o país como um todo (1,2% e 1,4%).
Vendas recuam em 6 das 8 atividades do setor
Em agosto, na Bahia, o volume de vendas caiu em 6 das 8 atividades do varejo restrito (que exclui os segmentos de automóveis e materiais de construção), na comparação com o mesmo mês de 2018.
Apesar de as vendas de livros, jornais, revistas e papelaria (-42,1%) terem registrado novamente a maior queda (o segmento recua sem parar há mais de um ano, desde julho de 2018), o destaque negativo em termos de influência no desempenho geral do varejo no estado ficou com o segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,8%).
Os supermercados têm o maior peso na estrutura da receita do varejo na Bahia e recuaram após terem tido um avanço em julho (1,7%). O resultado negativo dessa atividade em agosto, no estado, foi na contramão do verificado no país como um todo, onde ela viu suas vendas crescerem (2,4%) e contribuiu fortemente para o avanço do comércio nacional frente a agosto de 2018 (1,3%).
Com resultados majoritariamente negativos, a estabilidade no desempenho geral do setor varejista baiano em agosto se deveu principalmente ao aumento nas vendas de combustíveis e lubrificantes (12,5%) e, em escala bem menor, ao segmento de outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,5%), que tem peso importante do comércio on-line.
As vendas de combustíveis vêm crescendo seguidamente na Bahia desde maio deste ano (há quatro meses), depois de terem apresentado quedas praticamente ininterruptas por 20 meses.
Vendas de veículos crescem
Em agosto, na Bahia, o comércio varejista ampliado também registrou recuo nas vendas frente a julho (-1,9%), na série com ajuste sazonal, e estabilidade na comparação com agosto de 2018 (0,0%).
Na passagem de julho para agosto, o resultado baiano (-1,9%) foi o terceiro pior, praticamente empatado com o do Rio de Janeiro (-1,9%) e acima do verificado em Roraima (-3,0%). No país como um todo, as vendas do varejo ampliado ficaram estáveis nesse confronto (0,0%).
Já frente ao mesmo mês do ano passado, em agosto, as vendas do varejo ampliado na Bahia não apresentaram variação (0,0%), enquanto no Brasil foi registrado avanço (1,4%).
O varejo ampliado engloba, além do varejo restrito, as vendas de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, para as quais não se consegue separar claramente o que é varejo do que é atacado.
Na comparação com agosto de 2018, as vendas do segmento de veículos cresceram (1,0%), mas as de material de construção recuaram (-2,9%).
O desempenho do varejo ampliado em agosto manteve as vendas do setor estáveis (0,0%) tanto no acumulado no ano de 2019 quanto em 12 meses. Foi o segundo mês consecutivo de estabilidade para esses dois indicadores acumulados no estado. No país como um todo, o varejo ampliado cresceu 3,5% no acumulado entre janeiro e agosto e avançou 3,7% em 12 meses.