A produção industrial da Bahia cresceu em maio frente ao mês anterior (1,1%), descontados os efeitos sazonais, após o avanço de 8,7% registrado na passagem de março para abril. O desempenho da indústria baiana nessa comparação foi melhor que a média nacional (-0,2%) e acompanhou o movimento de alta verificado em 6 dos 15 locais investigados pelo IBGE. No confronto com maio de 2018, o resultado da produção industrial baiana também foi positivo (12,3%) e superou o do país como um todo (7,1%). Nessa comparação, foi o melhor maio para a indústria na Bahia desde 2010, quando a produção havia crescido 21,7%. Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE.
Frente ao mesmo mês do ano passado, a produção industrial só caiu em 3 dos 15 locais investigados. A disseminação de resultados positivos tem forte relação com a baixa base de comparação, já que, em maio de 2018, a produção industrial em muitos estados havia sido bastante afetada pela greve dos caminhoneiros.
Nessa comparação, os melhores resultados ficaram com Paraná (27,8%), Rio Grande do Sul (19,9%) e Santa Catarina (19,3%), e os três recuos foram registrados no Pará (-0,7%), em Minas Gerais (-2,4%) e no Espírito Santo (-17,4%).
Com o desempenho de maio, a produção industrial baiana passou, pela primeira vez em 2019, a ter variação positiva no acumulado no ano (0,1%) e crescimento no acumulado em 12 meses (1,4%)
Com o desempenho do mês, a produção industrial na Bahia passou a ter uma variação positiva (0,1%) no acumulado no ano de 2019, frente ao mesmo período de 2018. Embora discreto, foi o primeiro crescimento desse indicador neste ano. O resultado também ficou positivo, pela primeira vez desde janeiro, no acumulado em 12 meses (1,4%).
Em ambos os casos, o desempenho da produção industrial baiana supera a média nacional, que cai no acumulado em 2019 (-0,7%) e se mantém estável (0,0%) nos 12 meses encerrados em maio.
Avanços na fabricação de veículos e na metalurgia
O crescimento de 12,3% na produção industrial da Bahia, na comparação com maio de 2018, foi resultado do desempenho positivo tanto da indústria de transformação (12,9%) quanto da indústria extrativa (2,2%).
Foi também um resultado disseminado por 9 dos 11 segmentos da indústria de transformação pesquisados separadamente no estado. No mês, houve recuos apenas na fabricação de outros produtos químicos (-11,9%) e na fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-6,4%).
Os maiores avanços, em magnitude da taxa, ocorreram na fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (125,1%), na metalurgia (75,5%) e na fabricação de bebidas (60,1%).
Frente a maio de 2018, o resultado foi positivo tanto na indústria de transformação (12,9%) quanto na extrativa (2,2%)
Entretanto, em razão do seu peso na estrutura industrial da Bahia, a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (48,9%) teve a principal contribuição para o crescimento da produção como um todo no estado, seguida pela metalurgia. Ambos os segmentos tiveram altas na fabricação de todo os produtos investigados.
A fabricação de veículos vinha de dois fortes recuos consecutivos, mas a metalurgia apresentou o quarto crescimento seguido na produção e tem o melhor desempenho no ano de 2019, com uma alta acumulada de 34,0% de janeiro a maio.
Com uma produção que mais que dobrou frente a maio de 2018 (125,1%), o segmento de informática e eletrônicos apresentou o segundo crescimento consecutivo, após ter registrado quedas seguidas entre outubro de 2018 e março de 2019. Os destaques foram as altas na fabricação de computadores de mesa e de peças e acessórios para máquinas de processamento de dados e suas unidades periféricas.
Dentre as atividades em queda, a fabricação de outros produtos químicos (-11,9%) apresentou o sétimo recuo consecutivo (cai desde novembro de 2018) e tem o pior desempenho neste ano de 2019, com uma retração acumulada de 12,2% de janeiro a maio.
Já a fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis voltou a cair, depois de ter crescido 4,2% em abril, sob influência, sobretudo, da menor produção de óleo diesel, gasolina e querosene para aviação.