As unidades locais de empresas industriais em atividade na Bahia voltaram a apresentar saldo positivo no total de pessoas ocupadas, em 2017, após três anos seguidos em queda. A indústria baiana fechou 2017 com 215.035 empregados, 1.375 a mais que em 2016 (+0,6%).
Embora tenha sido um aumento ainda tímido e que está longe de recuperar os 32.301 empregos perdidos pelo setor, entre 2014 e 2016, o movimento na Bahia foi na contramão da média nacional e representou o melhor resultado para esse indicador entre os estados do Nordeste. Os dados são da Pesquisa Industrial Anual (PIA) de 2017, divulgada hoje (6/06/19) pelo IBGE.
No Brasil como um todo, o número de trabalhadores nas empresas industriais seguiu caindo, de 7.262.609 em 2016 para 7.213.944 em 2017, com saldo negativo de menos 48.665 empregados (-0,7%), de um ano para o outro. Houve retração do emprego na indústria em 16 dos 27 estados brasileiros nesse período.
De 2016 para 2017, os maiores aumentos absolutos no número de trabalhadores no setor industrial ocorreram no Paraná (+7.883), em Goiás (+5.587) e Minas Gerais (+4.357), enquanto os saldos mais negativos foram verificados em São Paulo (-35.461), no Rio de Janeiro (-17.035) e no Rio Grande do Norte (-5.590).
A Bahia teve o oitavo maior aumento, tanto em números absolutos quanto em termos percentuais. As informações estão resumidas no quadro a seguir.
Indústria de transformação
O crescimento do emprego industrial na Bahia, entre 2016 e 2017, foi fortemente puxado pela indústria de transformação, onde o número de pessoas ocupadas passou de 202.072 para 203.340, representando mais 1.268 empregados (+0,6%) no período. Na indústria extrativa, os ocupados passaram de 11.588 em 2016 para 11.695 em 2017 (mais 107 trabalhadores ou +0,9%).
Das 24 atividades de transformação investigadas na Bahia, 10 tiveram saldo positivo no número de trabalhadores.
Os três principais destaques ficaram com a fabricação de produtos alimentícios, que teve o maior aumento absoluto no número de pessoas trabalhando (de 38.913 em 2016 para 41.822 em 2017, mais 2.909, ou +7,5%); seguida pela preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (de 27.955 para 29.264, mais 1.309 empregados ou +4,7%); e pela fabricação de móveis (de 5.295 para 6.227, mais 932 pessoas trabalhando, ou +17,6%).
A fabricação de alimentos e a de calçados e artefatos de couro, atividades industriais que mais geraram empregos na Bahia, entre 2016 e 2017, são também as que mais empregam em geral no estado, alternando-se nas duas primeiras colocações, nos últimos dez anos.