A Votorantim S.A. registrou lucro líquido de R$ 2 bilhões em 2018, ante R$ 810 milhões no ano anterior, representando um aumento de 141%. A receita líquida cresceu 19% na comparação com 2017, totalizando R$ 31,9 bilhões, e o Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 6,9 bilhões, 47% acima do registrado em 2017.
O resultado é explicado principalmente pelo melhor desempenho apresentado pelas operações brasileiras de cimento. Outro fator relevante foi a depreciação do real frente ao dólar norte-americano, que impactou positivamente a consolidação dos resultados das operações no exterior. Maiores volumes de venda de zinco dos smelters e o aumento dos preços de alumínio também contribuíram para a variação positiva na receita líquida e no Ebitda ajustado.
Além de melhores resultados operacionais, o aumento no lucro líquido na comparação dos períodos também se deve ao maior resultado oriundo das empresas reconhecidas pelo método de equivalência patrimonial. Os resultados da Fibria – reconhecidos pelo método de equivalência patrimonial até março de 2018 e, a partir de então, na forma de dividendos – contribuíram com R$ 1 bilhão, enquanto os resultados do Banco Votorantim contribuíram com R$ 530 milhões.
“Esperávamos que 2018 seria um ano volátil, o que de fato se comprovou. Por conta disso, iniciamos o ano com muita prudência na execução das diversas frentes de transformação de nosso portfólio. Por outro lado, não deixamos de ser arrojados na reflexão sobre os passos que daríamos em relação a essa transformação”, diz João Miranda, CEO da Votorantim S.A.
Em 2018 ocorreram movimentos importantes na transformação do portfólio da companhia: o anúncio da combinação de negócios entre Fibria e Suzano (março); a conclusão da combinação dos negócios de aços longos no Brasil entre a Votorantim Siderurgia e ArcelorMittal (abril); a consumação da criação da joint venture entre Votorantim Energia e o fundo Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB) (maio); e a aquisição em leilão do controle acionário da Companhia Energética de São Paulo (Cesp) por essa joint venture (outubro).
Investimentos
Os investimentos de 2018 somaram R$ 2,6 bilhões, 17% inferior em relação a 2017. Os projetos de expansão representaram 24% dos recursos investidos.
Do total investido em expansão, 56% foram destinados à Nexa para a continuidade do projeto de aprofundamento da mina de Vazante (MG) e para o início do projeto Aripuanã (MT). Outros 34% dos investimentos em expansão foram destinados aos projetos da Votorantim Cimentos e o startup em Charlevoix (EUA) ocorreu em junho, adicionando 0,6 milhão de toneladas de capacidade na região dos Grandes Lagos. O restante do valor foi destinado à conclusão da execução financeira do projeto de geração de energia eólica Ventos do Piauí.