A produção industrial da Bahia cresceu 6,5% em fevereiro frente ao mês anterior, descontados os efeitos sazonais. Foi o primeiro aumento da atividade fabril no estado, nessa comparação, após três recuos seguidos e eliminou a perda de 5,5% acumulada entre novembro de 2018 e janeiro de 2019. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional (PIM-PF Regional), divulgada hoje pelo IBGE.
Nesse confronto, a indústria da Bahia teve o melhor resultado dentre as 15 áreas pesquisadas pelo IBGE. O desempenho foi ainda significativamente superior ao da indústria do país como um todo (0,7%). De janeiro para fevereiro, a produção industrial cresceu em 9 dos 15 locais investigados. Goiás (-2,6%), Minas Gerais (-4,7%) e Espírito Santo (-9,7%) tiveram as maiores quedas.
Frente a fevereiro de 2018, a produção industrial baiana também cresceu (2,5%), após ter recuado em janeiro (-5,7%). Nessa comparação, o desempenho do estado ficou um pouco acima da média nacional (2%) e acompanhou o movimento de avanço verificado em 10 dos 15 locais pesquisados, com destaques para Pará (12,7%), Paraná (10,8%) e Ceará (8,2%).
Apesar dos resultados positivos do mês, a produção industrial na Bahia se mantém no negativo tanto no acumulado em 2019 (-1,8%) quanto nos 12 meses encerrados em fevereiro (-0,2%). Ambos os resultados estão aquém da média nacional (-0,2% e 0,5%, respectivamente), embora mostrem desaceleração no ritmo de queda em relação a janeiro.
Veículos e metalurgia
O avanço de 2,5% na produção industrial da Bahia, na comparação com fevereiro de 2018, foi resultado dos desempenhos positivos tanto na indústria extrativa (12,9%) quanto na de transformação (2,0%).
Das 11 atividades da indústria de transformação pesquisadas separadamente no estado, 5 tiveram crescimento de produção. Os destaques, em termos de magnitude do aumento, foram para metalurgia (30,6%), fabricação de produtos de minerais não-metálicos (26,6%) e fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (14,7%).
Entretanto, por seu peso na estrutura da indústria no estado, o segmento automobilístico e a metalurgia foram, nessa ordem, as principais influências positivas no resultado de fevereiro.
A fabricação de veículos teve seu primeiro resultado positivo na Bahia depois de cinco quedas sucessivas (desde setembro de 2018). Já a produção da metalurgia voltou a crescer após ter recuado em janeiro (-11,3%).
Por outro lado, das seis atividades que tiveram quedas de produção em fevereiro, frente ao mesmo mês de 2018, as influências mais fortes vieram, respectivamente, da fabricação de celulose, papel e produtos de papel (-22,7%, a maior retração) e da fabricação de outros produtos químicos (-6,4%). Ambos os segmentos mostraram o quarto recuo consecutivo.