Em janeiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, ficou em 0,37% na Região Metropolitana de Salvador (RMS), desacelerando em relação à taxa de dezembro (0,56%), mas ficando ligeiramente acima da inflação de janeiro de 2018 (0,35%).
O IPCA de janeiro na RMS ficou um pouco acima da média nacional (0,32%) e foi o 3º maior entre as 16 regiões pesquisadas separadamente pelo IBGE. A inflação no mês passado foi mais alta na Região Metropolitana de Belo Horizonte (0,70%), seguida pela RM Rio de Janeiro (0,49%).
Nos 12 meses encerrados em janeiro, a inflação na RMS acumula alta de 4,06%, ligeiramente acima dos 4,04% registrados nos 12 meses encerrados em dezembro e da média nacional nesta comparação (3,78%), além de ser o maior acumulado em 12 meses desde abril de 2017 (4,08%).
Alimentos e transportes
Dentre os nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA, oito apresentaram altas em janeiro, na Região Metropolitana de Salvador. Apenas Vestuário (-1,41%) teve deflação no mês, refletindo as liquidações de verão.
Após terem encerrado o ano de 2018 como as principais pressões inflacionárias da RMS, os grupos Alimentação e bebidas (0,66%) e Transportes (0,86%) iniciaram 2019 exercendo mais uma vez as principais contribuições para o IPCA local.
Em janeiro, houve aumentos tanto para os alimentos consumidos no próprio domicílio (0,66%) quanto na alimentação fora de casa (0,66%). No primeiro caso, os destaques ficaram por conta de itens importantes no dia a dia, como o feijão carioca, que teve forte aumento de 24,13% no mês, a banana-prata (13,52%), o pão francês (2,48%) e a cebola (8,13%), entre outros. No caso da alimentação fora, os lanches (1,18%) e as refeições, como almoço e jantar (0,39%), foram os principais impactos.
Já entre as despesas com transporte, as contribuições mais importantes vieram da gasolina (1,50%), do etanol (4,56%) e dos automóveis novos (1,19%).
Outra despesa que pesou na inflação de janeiro, na RMS, foi o condomínio, que teve aumento de 2,63% e ajudou a puxar para cima o grupo Habitação (0,31%), apesar das quedas da energia elétrica (-0,23%) e do gás de botijão (-1,33%).