O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), conhecido como a prévia da inflação, acelerou em junhom na Região Metropolitana de Salvador, ficando em 1,07% (havia sido de 0,77% em maio). A aceleração de preços, de maio para junho, ocorreu em todas as 11 regiões pesquisadas, com a região metropolitana de Belo Horizonte mostrando o maior resultado (1,37%), e as regiões metropolitanas de Belém (0,76%) e de Recife (0,95%) registrando índices abaixo da média para o país (1,11%). Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE.
De janeiro a junho de 2018, o IPCA-15 acumula alta de 2,77% na RMS, variação maior do que o acumulado em todo o ano de 2017 (2,35%) na RMS. O índice é o terceiro maior do país nesta comparação, menor apenas que o acumulado, no ano, nas Regiões Metropolitanas de Porto Alegre (2,97%) e do Rio de Janeiro (2,88%), e acima da média nacional (2,35%).
Nos 12 meses encerrados em junho, o IPCA-15 está em 3,46% na RMS, abaixo do índice nacional (3,68%). O quadro a seguir mostra os principais resultados do IPCA-15 de junho para Brasil e cada uma das áreas pesquisadas.
Habitação mantém a maior alta na RMS
O grupo Habitação (2,47%) manteve a maior alta na RMS desde o início da série histórica, em 2012, e foi a principal influência para a variação de 1,07% de maio para junho. Nos seis primeiros meses deste ano, o grupo acumula alta de 3,34% e nos 12 meses encerrado em junho, a variação é de 6,58%.
A variação na energia elétrica residencial (8,77%) foi a principal responsável pelo aumento no grupo Habitação no IPCA-15 de junho, na RMS. Além do reajuste de 16,95% na tarifa na Bahia, a partir de 22 de abril, a bandeira tarifária vermelha patamar 2 passou a valer a partir de 1º de junho, adicionando a cobrança de R$0,05 a cada kwh consumido.
De janeiro a junho, o item energia elétrica residencial já acumula um aumento de 15,80% na RMS, maio do que o acumulado em todo o ano de 2017 (10,04%). Nos 12 meses encerrados em junho, o acumulado chega a 20,30%.
O gás de botijão (4,87%) foi o segundo item a puxar a prévia da inflação do grupo Habitação, de maio para junho, e apresenta a maior variação desde outubro do ano passado, quando havia registrado alta de 6,32%. Ainda assim, o item gás de botijão acumula variação negativa de janeiro a junho na RMS (-0,60%).
Transportes também influenciam alta na prévia da inflação na RMS
Influenciado pela alta na gasolina (6,14%) e no etanol (2,86%), de maio para junho, o grupo Transportes também puxou a prévia da inflação na RMS. O Grupo acumula alta de 4,90% no ano e de 7,66% nos últimos 12 meses encerrados em junho.
A gasolina acumula variação de 13,47% no ano, maior do que o acumulado em todo o ano de 2017 (8,57%), e de 30,11% nos últimos 12 meses encerrados em junho. O etanol também acumula, nos seis primeiros meses de 2018 (13,99%), variação maior do que o acumulado em todo o ano de 2017 (3,72%). Nos últimos 12 meses encerrados em junho, o etanol acumula variação de 20,80%.
Alimentos e Bebidas também puxam prévia da inflação para cima
O grupo Alimentação e Bebidas (1,12%) foi a segunda maior influência para o IPCA-15 de 1,07% em junho, na RMS. O principal item responsável por este aumento continua sendo a cebola (13,67%), que já acumula alta de 151,07% neste ano, e de 142,68% nos 12 meses encerrados em junho.
O pão francês (2,51%) foi a segunda maior influência para a alta do grupo Alimentação e Bebidas em junho, na RMS. De janeiro a junho o item acumula alta de 2,40%.
Dos nove grupos de produtos e serviços que formam o IPCA-15, sete tiveram altas em junho, na Região Metropolitana de Salvador. Apenas Educação (-0,09%) e Vestuário (-0,08%)contribuíram para conter a inflação da RMS neste mês.