O volume do setor de serviços teve forte recuo na Bahia em fevereiro (-9%), anulando o crescimento de janeiro (5,6%), na comparação com o mês imediatamente anterior, livre de influências sazonais. Nesse confronto, foi o pior fevereiro da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), iniciada em 2012, pelo IBGE. De janeiro para fevereiro, a queda dos serviços baianos foi a segunda mais profunda entre os estados, menor apenas que a do Ceará (-16,8%), e exerceu a principal influência negativa na taxa nacional, que ficou praticamente estável (0,1%).
Regionalmente, 15 dos 27 estados tiveram avanço no volume dos serviços em fevereiro, em relação a janeiro. O setor se manteve estável em São Paulo (0,0%).
Frente ao mesmo mês de 2017, em fevereiro, o setor de serviços baiano seguiu em queda (-8,6%), com desempenho também pior que a média nacional (-2,2%) e aumentando o ritmo de recuo em relação a janeiro (-3,2%). O recuo, nessa comparação, também foi o maior da série histórica da PMS, e o estado exerceu a terceira maior influência negativa no resultado dos serviços no país, ao lado de Rio de Janeiro (-2,6%) e São Paulo (-0,7%).
Nesse confronto, os serviços caíram em 22 dos 27 estados, com destaques positivos para Roraima (3,3%), Paraná (2,7%) e Amapá (1,1%).
Nos dois primeiros meses de 2018, os serviços acumulam queda de 5,8% na Bahia; no acumulado nos 12 meses encerrados em fevereiro, o setor também recua (-5,0%). Em ambos os casos, o desempenho está pior que a média nacional (-2,8% e -1,4% respectivamente) e houve aprofundamento da queda em relação a janeiro (-3,2% e -4,8% respectivamente).
No acumulado em 2018, apenas três estados têm crescimento no setor de serviços: Mato Grosso (2,9%), Paraná (0,9%) e Amapá (0,5%). Nos 12 meses encerrados em fevereiro (taxa anualizada), os serviços crescem somente em Mato Grosso (17,2%) e Paraná (5,1%).
Em fevereiro, 4 das 5 atividades de serviços recuam na Bahia
Frente ao mesmo mês de 2017, em fevereiro de 2018 (-8,6%), quatro das cinco atividades de serviços pesquisadas tiveram resultados negativos na Bahia. As maiores quedas foram as dos outros serviços (-17,42%), serviços de informação e comunicação (-13,5%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (-13,3%).
Por seu peso na estrutura de serviços do estado, os serviços de informação e os serviços profissionais exerceram as principais influências negativas no estado.
Os serviços de informação e comunicação (-13,5%) têm o segundo maior peso na estrutura dos serviços na Bahia e já vinham em queda desde junho de 2017, mas apresentaram, dos dois primeiros meses de 2018, uma importante aceleração no recuo. A atividade reúne serviços de telecomunicações, aqueles ligados à tecnologia da informação, audiovisuais, de edição, agências de notícias e outros.
Os serviços profissionais, administrativos e complementares (-13,3%) também são uma pressão negativa importante na Bahia desde março de 2017 e voltaram a acelerar o ritmo de queda em fevereiro (haviam recuado 4,5% em janeiro). A única atividade de serviços com variação positiva na Bahia, em fevereiro, foi a de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (0,6%), que, por ter o maior peso na estrutura do setor no estado, ajudou a segurar um pouco a já acentuada queda de fevereiro.
Serviços ligados ao turismo na Bahia recuam
De janeiro para fevereiro, as atividades de serviços ligadas ao turismo na Bahia tiveram queda de 9,4%, a maior entre os 12 estados onde esse agregado é investigado e bem mais intensa que a média nacional (-4,0%). Essa comparação desconsidera fatores sazonais, como o Carnaval, por exemplo.
Entretanto, o resultado do turismo baiano também foi negativo na comparação com fevereiro de 2017 (-8,1%), um desempenho abaixo da média (-5,2%) e o segundo pior entre os 12 estados – acima apenas do Distrito Federal (-9,8%).
Assim, em 2018, o volume das atividades turísticas acumula queda de 2,4% no estado, em relação ao mesmo período de 2017 – mesma variação da média nacional. Nos 12 meses encerrados em fevereiro, o turismo na Bahia ainda está no positivo (0,7%), enquanto, no país como um todo, há um recuo de 5,5%.