Carlos Figueiredo não é mais diretor-presidente da Renova. O anuncio foi feito ontem ao mercado através de fato relevante. Figueiredo permanecerá no exercício do cargo até o dia 28 de fevereiro e, caso não seja eleito seu substituto até tal data, o atual diretor vice-presidente de Finanças, Cristiano Corrêa de Barros, assumirá interinamente a função.
Carlos Figueiredo assumiu a presidência da companhia em junho de 2016. Ele é graduado em Administração de Empresas pela Unifacs, com MBA Executivo em Finanças pelo Ibmec, MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Dom Cabral e pós MBA em Marketing e Liderança pela Kellogg School of Management. Durante sua carreira, Figueiredo foi responsável pela unidade de cargas do Grupo Gol (Gollog), diretor-presidente da empresa Solaris e atuou mais recentemente na Alcoa Alumínio como diretor para América Latina da unidade de extrusão da Alcoa Alumínio.
Crise
A Renova Energia tem forte presença no mercado eólico da Bahia, mas tem enfrentado dificuldades financeiras nos ultimos anos. A empresa tem recorrido à venda de ativos para reduzir seu nível de endividamento, que passa de R$ 1,5 bilhão.
A crise começou a partir de acordo com o grupo norte-americano SunEdison. Há pouco mais de dois anos, a companhia brasileira vendeu 14 parques eólicos para os americanos, por cerca de R$ 1,6 bilhão. Desse valor, cerca de R$ 500 milhões entraram no caixa da empresa em dinheiro, e o pagamento restante foi em ações. Com dificuldades nos Estados Unidos, os papéis da SunEdison derreteram e a Renova teve de contabilizar as perdas e fazer uma ampla reestruturação.