O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ficou em 0,12%, em janeiro, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), acelerando em relação à deflação de dezembro/17 (-0,09%), mas ficando abaixo do 0,63% registrado em janeiro de 2017. Foi a menor prévia da inflação de janeiro para a RMS desde 2003, quando se iniciou a série regional do IPCA-15, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE.
O IPCA-15 da RMS, em janeiro, foi menor que a média do país (0,39%) e a terceira prévia da inflação mais baixa dentre as 11 regiões pesquisadas, acima apenas de Brasília (0,03%) e da Região Metropolitana de Belém (-0,06%).
As regiões metropolitanas de São Paulo (0,52%), Curitiba (0,52%) e Rio de Janeiro (0,48%) tiveram as maiores variações do IPCA-15 no primeiro mês deste ano.
Com o resultado de janeiro, no acumulado em 12 meses, o IPCA-15 da Região Metropolitana de Salvador ficou em 1,84%. O índice desacelerou pelo terceiro mês consecutivo, ficando abaixo do acumulado nos 12 meses encerrados em dezembro de 2017 (2,35%) e também da média nacional (3,02%).
Alimentos e bebidas voltam a subir e puxam prévia da inflação
Dos nove grupos de produtos e serviços que formam o IPCA-15, sete tiveram altas em janeiro, na Região Metropolitana de Salvador. Após quatro deflações seguidas, Alimentação e bebidas voltou a subir (0,73%), registrando a maior alta no IPCA-15 de janeiro e exercendo a principal influência para cima na prévia da inflação do mês.
Esse aumento foi puxado pela alimentação em casa, que subiu 0,96%, refletindo variações de itens importantes no consumo diário das famílias, como tomate (22,87%), pão francês (2,89%) e batata-inglesa (17,04%), entre outros.
A alta dos gastos com transportes também foi significativa na prévia da inflação de janeiro, em Salvador. Apesar de terem apresentado apenas a quinta maior variação dentre os grupos (0,18%), como pesam muito no orçamento, os transportes tiveram a segunda maior contribuição no IPCA-15 do mês.
O aumento do transporte público (1,62%), puxado pelos ônibus intermunicipais (3,13%) e urbanos (1,20%), foi a principal pressão de alta no grupo Transportes, superando a influência para baixo da deflação verificada nos combustíveis (-2,38%), reflexo das reduções de preços médios da gasolina (-2,78%) e do etanol (-1,86%).
Por outro lado, dois grupos registraram deflação no IPCA-15 de janeiro: Habitação (-1,12%) e Saúde e cuidados pessoais (-0,12%).
Dentre os gastos com moradia, destacaram-se as variações negativas da energia elétrica (-5,61%) – que, individualmente, foi o item que mais puxou para baixo a prévia da inflação de janeiro na RMS – e do gás de botijão (-1,44%).