A produção da indústria baiana, descontados os efeitos sazonais, teve queda de 1,1% em setembro frente a agosto, após ter registrado duas expansões consecutivas. Nesse confronto,o setor no estado teve resultado pior que a média nacional (0,2%) e acompanhou as retrações registradas em outras 7 das 14 regiões pesquisadas pelo IBGE. Espírito Santo (-3%), Pernambuco (-2,5%) e Região Nordeste (-2%) tiveram as maiores quedas. Frente a setembro de 2016, no entanto, a produção industrial baiana registrou expansão (4,7%), mostrando o terceiro resultado positivo consecutivo nessa comparação. Foi o melhor desempenho da atividade para um mês de setembro desde 2013 (7,8%) e superou a média nacional (2,6%).
Frente ao mesmo mês de 2016, a indústria teve resultados positivos em 10 das 15 regiões investigadas. Pará (13,2%), Rio de Janeiro (11,3%) e Paraná (8,9%) tiveram os aumentos mais intensos, enquanto Rio Grande do Sul (-5,0%), Pernambuco (-4,1%) e Espírito Santo (-2,7%) mostraram as quedas mais profundas.
Ainda nas comparações com o mesmo período do ano anterior, no terceiro trimestre de 2017, a produção industrial baiana voltou a crescer (5,6%) depois de cinco quedas consecutivas – desde o segundo trimestre de 2016, os resultados eram negativos. O crescimento da indústria na Bahia, no terceiro trimestre, superou a média nacional (3,1%) e mostrou o maior aumento no ritmo de produção, em relação ao segundo trimestre (de -6,3% para 5,6%) dentre as 15 área investigadas.
Apesar dos recentes resultados positivos frente a 2016, a produção industrial baiana ainda segue em queda no acumulado no ano de 2017 (-2,9%), embora venha mostrando também uma desaceleração sistemática no ritmo de recuo (que havia sido de -3,9% em agosto).
Nessa comparação, a indústria no estado acumula perdas desde junho de 2016 e ainda tem o pior resultado dentre as regiões pesquisadas, bem abaixo da média nacional (+1,6%). No acumulado em 2017, a indústria cai em 3 das 15 áreas investigadas. Além da Bahia, as variações são negativas na região Nordeste como um todo (-0,9%) e em Pernambuco (-0,1%).
Considerando-se os 12 meses encerrados em setembro, a indústria baiana acumula queda de –4,1%, também a mais intensa dentre as regiões e um resultado bem pior que a média nacional, que já é uma variação positiva (0,1%). Entretanto, também nesse indicador houve desaceleração da queda em relação ao acumulado até agosto (-5,1%).
Produção de automóveis segue em expansão no estado
Na comparação setembro de 2017/setembro de 2016, o crescimento de 4,7% da produção industrial da Bahia foi resultado do desempenho positivo de 7 das 12 atividades pesquisadas no estado. A contribuição positiva mais importante veio, mais uma vez, do setor de veículos automotores, reboques e carrocerias, que cresceu expressivos 30,7%, impulsionado, principalmente, pela maior produção de automóveis.
A produção de veículos cresce há três meses consecutivos na Bahia e já acumula expansão de 19,2% neste ano. Em setembro, vale citar ainda os avanços da metalurgia (19,7%), do setor de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,8%) e da indústria extrativa (14,1%).
Por outro lado, a principal influência negativa para a produção industrial baiana no mês veio da atividade de outros produtos químicos (-7,2%).
No acumulado de janeiro a setembro de 2017 (-2,9%), 7 das 12 atividades da indústria investigadas na Bahia estão em queda. As influências negativas mais importantes seguem vindo dos setores de metalurgia (-30,5%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-7,9%), enquanto a produção de veículos (19,2%) se mantém como principal impacto positivo.