A importação do trigo pelo Porto de Salvador, para abastecer as indústrias alimentícias do Estado, registrou um bom desempenho entre janeiro e julho, chegando a 207 mil toneladas do grão. O montante é 29% maior do que o recepcionado no mesmo período do ano passado, que ficou em 160 mil toneladas.
Com unidade fabril no estado, o Grupo J. Macêdo lidera o setor de produção de farinha de trigo no Nordeste, com a marca Dona Benta, que detém 22,7% de participação do mercado. Todo o trigo para as operações da empresa chega pelo Porto de Salvador.
Esse segmento industrial deverá ser ainda mais impulsionado com a inauguração, em outubro, de um novo sistema de transporte do trigo que chega nos navios de carga até o moinho da J. Macêdo. O empreendimento é o principal produtor de farinha de trigo e depende do Porto para receber todo grão, que abastece a fábrica em Simões Filho e Salvador (massas) depois de processado.
Suas novas instalações no cais e na unidade fabril irão duplicar a capacidade atual de retirada de grãos dos navios, passando de 150 toneladas/hora para 300 toneladas/hora. As obras de modernização do terminal portuário, com investimento de mais de R$ 27 milhões, começaram em março, e garantirão ainda mais segurança, eficiência e eliminação das partículas em suspensão, a partir do sistema de aspiração e recolhimento incluso no projeto.
A Bahia é o segundo mercado da J.Macêdo, depois de São Paulo, e 85% de tudo que as unidades locais produzem são para o próprio estado, principal foco do atual ciclo de investimento da empresa, recebendo cerca de R$ 350 milhões. “Eles [os investimentos] estão acontecendo, apesar da crise recente vivida pelo país, e isso é importante para sinalizar a disposição do poder público de criar um ambiente de negócio melhor”, declarou o CEO da J.Macêdo Luiz Henrique Lissoni.