As cadeiras infantis para refeição não passaram no primeiro teste realizado pela Proteste Associação de Consumidores. Dos cinco modelos avaliados, três foram eliminados devido ao risco de que bebês e crianças de até três anos se cortassem, prendessem os dedos e até se soltassem durante a refeição.
A Proteste está pedindo a retirada do mercado de três modelos para crianças de 6 meses a 3 anos (ou até 15 quilos): Bon Apetit, da Burigotto; Pocket Lunch da Chicco, e Standard da Galzerano por apresentarem riscos à segurança. Também pediu ao Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) a revisão da certificação desses modelos. “Ter acesso a produtos seguros é um direito básico do consumidor e não podemos permitir que seja desrespeitado”, alerta Maria Inês Dolci, Coordenadora Institucional da Proteste.
O modelo Recreio, da Lenox Kiddo, foi eleito o melhor do teste e a escolha certa, por não apresentar qualquer falha de segurança, ser versátil e fácil de usar. O modelo Teddy Alta da Tramontina, não foi bem avaliado quanto a versatilidade por não ter apoio para os pés da criança e bandeja com porta copo.
As cadeiras foram avaliadas para ver se tinham partes salientes ou expostas que pudessem cortar a criança, ou buracos que prendessem dedos, pés ou pele. O modelo Bon Apetit, da Burigotto, tem fendas maiores do que 7 mm e menores do que 12 mm, suficientes para prender o dedo de uma criança de até 3 anos, por exemplo. Além disso, sua borda superior tem um raio menor do que 5 mm, o que também é um perigo para crianças.
Segurança
Uma cadeira segura deve ser equipada com um cinto suspensório para evitar que a criança escorregue para frente e para fora. Além disso, as tiras devem ser resistentes ao puxão forte de uma criança, sem danificar ou romper a fivela. Mas a fivela da cadeira Pocket Lunch, da Chicco, se abriu com um força menor do que 40 Newtons (medida de força), o que é um risco para uma criança de até 3 anos. Isso significa que, nessa faixa etária, ela pode abrir esse dispositivo e se levantar com facilidade, correndo o risco de cair, por isso foi eliminada da análise.
As cadeiras também devem ser resistentes e não podem se deteriorar, em função do uso contínuo, a ponto de comprometer sua segurança. Elas foram submetidas a impactos semelhantes aos do dia a dia. O Standard, da Galzerano, sofreu sérias avarias. A bandeja e o assento quebraram, demonstrando má qualidade do material e restaram pontas que podem ferir a criança, o que motivaram a eliminação.