A recessão econômica do país continua maltratando a indústria da Bahia. Em abril, a produção do setor registrou uma queda de 1,1% em relação a igual mês do ano passado. Na comparação com o mês imediatamente anterior (março), o desempenho do setor foi ainda pior: redução de 2,5%. O segmento, no entanto, encerrou o quadrimestre com alta de 2,4%, revertendo as perdas de janeiro a abril de 2015 (-12,3). Os números foram divulgados hoje pela IBGE.
De acordo com o levantamento, na comparação abril de 2016/abril de 2015, seis das 12 atividades pesquisadas mostraram queda na produção na Bahia. O principal impacto negativo sobre o total global foi observado no setor de veículos automotores, reboques e carrocerias (-31,2%), seguido por indústrias extrativas (-24,1%), pressionados, principalmente, pela menor produção de automóveis; e de minérios de cobre, óleos brutos de petróleo e magnésia, respectivamente.
Vale mencionar ainda os recuos vindos de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,1%), de produtos de minerais não-metálicos (-12,2%) e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-30,8%).
Em sentido contrário, os setores de metalurgia (38,8%) e de celulose, papel e produtos de papel (21,7%) exerceram as principais contribuições positivas, impulsionados, em grande medida, pela maior produção de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre; e de pastas químicas de madeira (celulose), respectivamente. Outros resultados positivos relevantes foram registrados nas atividades de outros produtos químicos (4,2%), de produtos alimentícios (7%) e de bebidas (24,3%), explicadas, principalmente, pela maior fabricação de amoníaco, ureia, policloreto de vinila (PVC), misturas de alquilbenzenos e propeno, na primeira; de farinha de trigo, leite em pó, biscoitos e manteiga, gordura e óleo de cacau, na segunda; e de refrigerantes, cervejas e chope, na última.