O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, ficou em -0,06% na Região Metropolitana de Salvador (RMS) em agosto, bem abaixo da taxa de julho (0,35%) e também abaixo da inflação de agosto de 2016 (0,08%). Foi a menor inflação para um mês de agosto, na RMS, desde 2010 (-0,20%). Os dados foram diculgados hoje pelo IBGE.
O IPCA na RMS foi menor que a média nacional (0,19%) e o terceiro mais baixo dentre as nove regiões investigadas, ficando acima apenas das regiões metropolitanas de Belém (-0,22%) e Fortaleza (-0,19%).
No acumulado em 2017, o IPCA para a Região Metropolitana de Salvador ficou em 1,59%, um pouco abaixo da média para o Brasil (1,62%). Nos 12 meses encerrados em agosto, a inflação na RM Salvador acumula alta de 2,40%, abaixo dos 2,54% registrados nos 12 meses encerrados em julho e da média nacional nesta comparação (2,46%).
Preços de habitação e alimentação e bebidas caem e seguram inflação
Dentre os nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA, cinco apresentaram altas em agosto, na Região Metropolitana de Salvador. Em compensação, grupos de grande peso nos orçamentos familiares, como Habitação (-1,28%) e Alimentação e Bebidas (-0,09%), apresentaram quedas de preços, exercendo as principais influências no sentido de conter a inflação no mês.
A redução dos preços de moradia foi fortemente influenciada pela variação negativa do subgrupo combustíveis e energia (-4,21%), puxada sobretudo pelos recuos do gás de botijão (-5,97%, exercendo a maior pressão individual de baixa na inflação) e da energia elétrica (-3,03%).
Já a variação negativa dos alimentos reflete o recuo de preços da alimentação no domicílio (-1,19%), influenciada por itens como pão francês (-4,85%), feijão mulatinho (-20,43%) e feijão carioca (-7,6%).
Os Artigos de Residência (-0,54%) também tiveram redução de preços médios, influenciados sobretudo pelos aparelhos eletroeletrônicos (-0,89%).
Vestuário e transportes puxam inflação para cima
Em agosto, os artigos de Vestuário (0,90%) e os gastos com Transportes (-0,32%) exerceram, nessa ordem, as principais pressões inflacionárias na RMS. No caso do Vestuário, as roupas (1,65%), sobretudo as femininas (1,95%), foram as principais influências para cima. Já no grupo Transportes, a gasolina (2,29%) foi o que mais pesou.
Apesar de o grupo Alimentação e Bebidas ter tido pequena deflação no mês (-0,09%), as refeições fora de casa (4,35%) foram, individualmente, o item que mais puxou a inflação na RMS para cima.