[dropcap]E[/dropcap]m agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ficou em 0,59% na Região Metropolitana de Salvador (RMS), bem acima da variação negativa de julho (-0,25%), mas ainda abaixo do 0,75% registrado em agosto de 2016. O IPCA-15 da RMS, em agosto, ficou acima da média do país (0,35%) e foi a maior prévia da inflação dentre as 11 regiões pesquisadas – seguida pelas regiões metropolitanas de Curitiba (0,57%) e São Paulo (0,55%). Fortaleza (-0,02%) e Rio de Janeiro (-0,16%) tiveram variações negativas nos preços. Os números foram divulgados hoje pelo IBGE.
Com o resultado de agosto, no acumulado em 12 meses, o IPCA-15 da Região Metropolitana de Salvador acumula alta de 2,42%, ainda mostrando desaceleração em relação a julho (2,58%) e sustentando a redução no ritmo de alta verificada desde abril (quando o acumulado tinha sido de 4,84%).
No ano de 2017, o índice ficou em 2,01%, voltando a acelerar e ficando acima do 1,41% acumulado até julho, mas mantendo-se abaixo da média nacional (2,68%). O IPCA-15 da RMS até agosto deste ano (2,01%) também continua num patamar bem abaixo do acumulado de janeiro a agosto de 2016 (6,54%).
Preços do grupo Transportes voltam a subir
Dos nove grupos de produtos e serviços que formam o IPCA-15, cinco tiveram aumento de preços em agosto, na Região Metropolitana de Salvador. Reproduzindo o cenário nacional, a alta na prévia da inflação foi puxada sobretudo pelos preços do grupo Transportes, que teve alta de 2,32% em agosto. O aumento foi fortemente influenciado pelos combustíveis (13,28%), sobretudo a gasolina (15,67%) – que, individualmente, exerceu a principal pressão para cima no IPCA-15 do mês.
Mas os transportes não foram os únicos a pressionar a inflação em agosto. O grupo Alimentação e Bebidas, que representa quase 30% (28,73%) das despesas das famílias na RMS, teve alta de 0,54% e exerceu a segunda principal influência – sob o peso, sobretudo, da alimentação fora do domicílio (1,63%).
Alimentos do dia-a-dia, como Tomate (17,79%) e Cebola (27,99%) também tiveram fortes altas de preços em agosto e contribuíram significativamente para a prévia da inflação.
Outra pressão importante veio do grupo Saúde e cuidados pessoais (0,73%), influenciado em grande parte pelos aumentos nos gastos com despesas pessoais (0,43%), serviços de saúde (0,76%) e nas farmácias (produtos farmacêuticos e óticos, 0,76%).
Habitação e Vestuário têm deflação
Os grupos de produtos e serviços que mais seguraram o aumento dos preços em agosto, na RM Salvador, foram, nessa ordem, Habitação (-0,28%) e Vestuário (-0,55%).
No primeiro caso, o destaque foi o gás de botijão (-2,31%), que ainda mostrou queda de preços entre 14/07 e 15/08. No segundo, as roupas femininas (-1,97%) e os calçados e acessórios (-1,21%) tiveram impactos importantes.