As vendas do varejo, na Bahia, em maio, caíram 2,1% na comparação com o mês anterior, anulando o crescimento de 1,8% verificado de março para abril, na série livre de influências sazonais. Segundo o IBGE, a retração das vendas na Bahia em maio foi bem mais acentuada do que a variação negativa do varejo nacional (-0,1%) e acompanhou o movimento negativo do comércio verificado em 15 dos 27 estados. O varejo do Distrito Federal teve o melhor resultado, com crescimento de 2,7% nas vendas, enquanto o Amapá registrou a maior queda em maio (-3,7%).
Em relação a maio de 2016, o comércio varejista baiano continua em queda (-0,6%), ainda que se mantenha em sucessivas reduções no ritmo de recuo desde fevereiro (-6,4%). Com o resultado negativo de maio, nessa comparação com o mesmo mês do ano anterior, o varejo na Bahia acumula quase dois anos e meio (29 meses) de quedas consecutivas nas vendas, desde janeiro de 2015 (-3,7%). Entretanto, a perda de maio (-0,6%) foi a menor desde março de 2015 (-0,4%).
Ainda em relação ao mesmo mês do ano passado, a queda no varejo baiano (-0,6%) vai em sentido oposto ao crescimento de 2,4% das vendas no país como um todo. A Bahia é um dos 6 estados em que as vendas do varejo ainda estão caindo frente a 2016, mas teve a menor variação negativa dentre eles. Sergipe (-9,6%) e Goiás (-6,2%) têm as maiores quedas nas vendas do varejo, enquanto Santa Catarina (11,6%) e Alagoas (9,3%) registraram os crescimentos mais intensos.
Com os resultados de maio, na Bahia, o acumulado em 12 meses mostra uma queda de 8,4% nas vendas do varejo, menor que os -9,7% acumulados nos 12 meses encerrados em abril, mas mais que o dobro do recuo nacional (-3,6%). Dos 27 estados, 23 ainda apresentam queda nas vendas do varejo no acumulado em 12 meses. Santa Catarina (4,0%), Minas Gerais (0,2%) e Paraíba (0,1%) já conseguiram deixar os resultados negativos para trás nesse indicador e Alagoas (0,0%) mostra estabilidade.
Nos primeiros cinco meses de 2017, o comércio baiano acumula perda de 3,5% no volume de vendas, bem mais acentuada que o –0,8% da média nacional. Dos 27 estados, 16 registram recuo das vendas neste ano.
Vendas de hiper e supermercados se mantêm em queda há dois anos
Em relação ao mesmo mês do ano passado, em maio, na Bahia, 7 das 10 atividades do varejo e varejo ampliado (que engloba também as vendas de veículos, motos, partes e peças e de material de construção) tiveram resultados positivos, com destaque, em termos de magnitude, para Livros, jornais, revistas e papelaria (38,3%), Móveis e eletrodomésticos (27,7%) e Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (3,3%).
O crescimento de 13,5% nas vendas de veículos também foi importante para segurar a queda do varejo baiano em maio. Por outro lado, das 3 atividades com taxas negativas, os piores resultados continuaram vindo de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios e fumo (-12,9%) e Combustíveis (-3,0%).
Por ser a atividade de maior peso no volume de vendas do comércio baiano, os hiper e supermercados exerceram a principal influência no recuo do varejo em maio. Na Bahia, as vendas desse setor seguem em quedas sucessivas há dois anos, desde maio de 2015 (-4,9%) e ainda não mostraram redução importante do ritmo de recuo.
Nos 12 meses encerrados em abril, apenas 1 das 10 atividades pesquisadas pelo IBGE teve desempenho positivo na Bahia: Livros, jornais, revistas e papelaria (5,4%).