A produção industrial da Bahia, descontados os efeitos sazonais, cresceu 3,6% em maio frente a abril, após a queda na mesma comparação, entre março e abril (-0,7%). Nesse confronto, a Bahia ficou entre as 10 regiões, das 14 pesquisadas, que tiveram crescimento da produção industrial em maio, voltando a se alinhar com a indústria nacional, que teve aumento de 0,8% no mês. Com esse resultado a produção industrial baiana, apresentou o segundo melhor desempenho dentre as regiões pesquisadas nessa comparação, ficando atrás apenas do Ceara (5,9%). Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE.
Por outro lado, na contramão da tendência nacional (0,8%), quatro regiões apresentaram queda na produção industrial, sendo a mais acentuada delas verificada no Amazonas (-3,6%). Frente a maio de 2016, a produção industrial baiana continua em queda (1%), com o terceiro pior desempenho, melhor apenas que Mato Grosso (-3,5%) e Pernambuco (-3,2%). No país como um todo, a indústria teve aumento de 4,0% na sua produção em maio.
Nessa comparação, a Bahia foi uma das 5 regiões com recuo. A produção industrial do estado vem caindo, nesse tipo de confronto, há 15 meses seguidos, desde março de 2016 (-7,4%), por outro lado observa-se uma atenuação no ritmo de queda nesse mês (-1,0%) frente a uma média de aproximadamente -8% registrada nos outros quatro meses de 2017.
No acumulado de janeiro a maio, a Bahia (-6,6%) se mantém com o maior recuo na produção industrial, dentre as regiões pesquisadas, acumulando resultados negativos nessa comparação desde junho de 2016. Nessa comparação, a produção industrial teve resultados negativos em 5 das 14 regiões pesquisadas.
Considerando-se os 12 meses encerrados em maio, a indústria baiana acumula queda de –8,2%, a segunda mais intensa dentre as regiões, acima apenas da verificada no Espírito Santo (-9,3%), e bem mais profunda que o recuo nacional (-2,4%). Mantendo-se muito próximo ao resultado apontado em abril (-8,3%) e com resultados negativos abaixo dos -7% por um período superior (5 meses) ao verificado nessa mesma comparação no segundo semestre de 2009, quando foram de quatro meses.
Metalurgia e produção de coque e derivados de petróleo puxam queda
Na comparação maio de 2017/maio de 2016, o recuo de 1% no setor industrial da Bahia foi resultado do desempenho negativo de 8 das 12 atividades pesquisadas. As influências negativas mais importantes vieram dos setores de metalurgia (-41,9%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-4,4%). No estado, a atividade de metalurgia vem em quedas sucessivas desde agosto de 2016, e a fabricação de coque e derivados de petróleo cai seguidamente desde março de 2016 – sempre na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Em maio, vale citar ainda os recuos vindos da fabricação de bebidas (-27%) indústrias extrativas (-1,3%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-79,9%) e fabricação de outros produtos químicos (-6,6%) .
Por outro lado, a preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (54,1%) e a produção de veículos (43%) se mantiveram como os principais impactos positivos na produção industrial baiana – o que já havia ocorrido em abril.
No acumulado no ano de 2017 (-6,6%), 9 das 12 atividades industriais pesquisadas na Bahia apresentaram queda, com destaque também para os recuos nos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-14%) e de metalurgia (-41%).