O custo da cesta básica na capital baiana registrou redução de 0,31%em junho em relação a maio de 2017 e passou a custar R$ 350,22, contra os R$ 351,31 registrados no mês anterior. Este é o segundo menor valor dentre as 27 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Diesse) realiza a pesquisa. Na variação em 12 meses, os gêneros alimentícios apresentaram redução de 4,25% em Salvador, de julho de 2016 a junho de 2017.
Em junho, as reduções foram registradas no preço médio da farinha (-14,79%), do tomate (-8,78%), do arroz (-3,54%), do café (-2,21%), da banana da prata (-1,57%) e da manteiga (-0,15%). Por sua vez, os aumentos ocorreram no preço do feijão carioquinha (22,02%), da carne (0,95%), do leite (0,54%), do açúcar cristal (0,36%) e do pão francês (0,32%), permanecendo o óleo de soja estável de maio a junho.
Em junho de 2017, o trabalhador soteropolitano remunerado pelo salário mínimo, comprometeu 82 horas e 14 minutos de sua jornada mensal para adquirir os gêneros essenciais. Em maio, houve um comprometimento levemente maior. Naquele mês, foram necessárias 82 horas e 29 minutos. Quando se compara o custo da cesta em relação ao salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, isto é, R$862,04, o comprometimento foi de 40,62% em junho, percentual menor que os 40,75% de maio.
PREÇO MÉDIO, GASTO MENSAL E TEMPO DE TRABALHO NECESSÁRIO
Produtos e quantidades¹ | Preço médio (R$)² | Gasto mensal (R$) | Tempo de trabalho necessário |
Carne (4,5 kg) | 21,19 | 95,36 | 22h23m |
Leite (6 litros) | 3,69 | 22,14 | 5h12m |
Feijão (4,5 kg) | 6,71 | 30,20 | 7h05m |
Arroz (3,6 kg) | 3,25 | 11,70 | 2h45m |
Farinha de mandioca (3 kg) | 5,59 | 16,77 | 3h56m |
Tomate (12 kg) | 3,22 | 38,64 | 9h04m |
Pão (6 kg) | 9,46 | 56,76 | 13h20m |
Café (300 gr) | 20,63 | 6,19 | 1h27m |
Banana (7,5 dz) | 4,44 | 33,30 | 7h49m |
Açúcar (3 kg) | 2,81 | 8,43 | 1h59m |
Óleo (900 ml) | 3,82 | 3,82 | 0h54m |
Manteiga (750 gr) | 35,88 | 26,91 | 6h19m |
TOTAL | 350,22
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82h14m | |
Outras cidades
O custo do conjunto de alimentos essenciais diminuiu em 23 capitais brasileiras e aumentou em 4, segundo dados do Diesse. As maiores quedas foram registradas no Rio de Janeiro (-5,02%), Brasília (-4,18%), Vitória (-4,14%) e Belo Horizonte (-4,03%). Já as elevações foram observadas em Fortaleza (0,99%), Macapá (0,43%), São Luís (0,20%) e Rio Branco (0,06%).
Porto Alegre foi a cidade com a cesta mais cara (R$ 443,66), seguida por São Paulo (R$ 441,61), Florianópolis (R$ 432,40) e Rio de Janeiro (R$ 420,35). Os menores valores médios foram observados em Rio Branco (R$ 333,35) e Salvador (R$ 350,22).
Em 12 meses, 22 cidades acumularam diminuição, e as taxas negativas mais expressivas foram observadas em Belo Horizonte (-11,97%), Campo Grande (-9,81%) e Brasília (-9,71%). Já os aumentos ocorreram nas cidades do Nordeste: Fortaleza (5,61%), Recife (2,20%), Maceió (1,49%), João Pessoa (1,02%) e Natal (0,62%).
No primeiro semestre de 2017, 16 capitais tiveram diminuição, com destaque para Rio Branco (-13,29%), Cuiabá (-7,27%), Manaus (-6,83%) e Brasília (-6,21%). As altas acumuladas mais significativas foram anotadas em Recife (7,44%), Aracaju (4,54%) e Fortaleza (3,63%).
Salário mínimo
Com base na cesta mais cara, que, em junho, foi a de Porto Alegre, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Diesse estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em junho de 2017, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.727,19, ou 3,98 vezes o mínimo de R$ 937,00. Em maio de 2017, o piso mínimo necessário correspondeu a R$ 3.869,92, ou 4,13 vezes o mínimo vigente. Em junho de 2016, o salário mínimo necessário foi de R$ 3.940,24, ou 4,48 vezes o piso em vigor, que equivalia a R$ 880,00.