O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,11% na Região Metropolitana de Salvador (RMS), em abril, acima da variação negativa de março (-0,07%) e também do 0,08% registrado em abril de 2016.Ainda assim, ficou abaixo da média nacional (0,21%) e, dentre as áreas com variações positivas, foi o terceiro menor, acima apenas de Curitiba (0,06%) e Fortaleza (0,07%). As regiões metropolitanas de Belo Horizonte (-0,07%) e Belém (-0,03%) registraram variações negativas; por outro lado, Recife (0,53%) e Rio de Janeiro (0,51%) tiveram as taxas mais altas.
No acumulado em 12 meses, o IPCA-15 da Região Metropolitana de Salvador está em 4,84%, levemente acima da variação acumulada nos 12 meses encerrados em março (4,81%) e também um pouco maior que a média nacional (4,41%). No ano de 2017, o IPCA-15 em Salvador situa-se em 1,52%, acelerando em relação ao acumulado até março (1,41%), acima da média para o total das áreas pesquisadas (1,22%) e o terceiro maior índice, abaixo apenas das regiões metropolitanas do Rio de Janeiro (1,95%) e Fortaleza (1,88%). Entretanto, o índice deste ano (1,52%) está bem abaixo do acumulado de janeiro a abril de 2016 (3,58%).
Saúde e despesas pessoais têm maiores aumentos de preços
Dos nove grupos de produtos e serviços que formam o IPCA-15, cinco tiveram aumento de preços em abril, na Região Metropolitana de Salvador, liderados por saúde e cuidados pessoais (0,86%) e despesas pessoais (0,52%), que também foram os que mais puxaram a prévia da inflação para cima.
Em ambos os grupos, a inflação foi resultado de aumentos bastante disseminados, com pesos um pouco mais expressivos dos planos de saúde (1,05%), no primeiro caso, e dos empregados domésticos (0,52%) no segundo.
O grupo habitação, com variação de 0,29%, também foi uma influência importante no IPCA-15 de abril, em Salvador, sobretudo em função do gás de botijão, que teve aumento de 6,28% e foi o item que individualmente mais puxou o índice do mês para cima.
Transportes e alimentos
Apesar dos aumentos do transporte público (0,81%) e das passagens aéreas (13,63%), o grupo transporte teve variação negativa no IPCA-15 de abril (-0,4%) e foi a principal força no sentido de conter a taxa em Salvador.
Assim como ocorreu em nível nacional, isso foi resultado das quedas nos preços dos combustíveis (-2,47%), em função das reduções na gasolina (-2,67%) e no etanol (-2,21%).
Os artigos de residência (-0,16%), influenciados principalmente pela queda de preços dos aparelhos eletroeletrônicos (-1,21%), também puxaram o IPCA-15 de abril para baixo em Salvador. E, ao contrário do verificado na média do país, os alimentos e bebidas tiveram leve variação negativa (-0,01%) em abril, na Região Metropolitana de Salvador. Assim, por formarem o grupo mais importante nos gastos das famílias, também ajudaram a conter a prévia da inflação.
A redução do preço médio da alimentação fora do domicílio (-0,13%) foi influência forte para a variação negativa dos alimentos em abril. Além dela, itens como carnes (-1,49%), frutas (-1,76%), cerveja (-1,57%) e leite longa vida (-2,56%) também ficaram mais baratos e puxaram os alimentos para baixo, neutralizando em parte aumentos verificados em produtos importantes como pão francês (3,46%), tomate (10,36%) e café (5,07%).