Em fevereiro, puxado pelos grupos Transportes (2,18%) e Educação (7,20%), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação no país, foi de 0,57% na Região Metropolitana de Salvador. Este resultado foi 0,10 ponto percentual abaixo da variação de janeiro (0,67%) e menos da metade do índice de fevereiro de 2016 (1,41%).
Foi o menor IPCA para um mês de fevereiro desde 2014 em Salvador, quando os preços haviam subido, em média, 0,48%. Entretanto, a inflação na Região Metropolitana continua acima da média nacional (0,33%) e, dentre as regiões pesquisadas, foi a segunda maior variação no IPCA de fevereiro, ficando atrás apenas da Região Metropolitana do Rio de Janeiro (0,68%).
No acumulado em 2017, o IPCA para a Região Metropolitana de Salvador está em 1,24%, menos da metade do acumulado no mesmo período de 2016 (3,13%), mas acima da média para o Brasil (0,71%). Entre as regiões pesquisadas, Salvador tem o maior IPCA acumulado em 2017.
Em 12 meses, o IPCA na Região Metropolitana de Salvador ficou em 4,76% , abaixo dos 5,64% registrados nos 12 meses anteriores, encerrados em janeiro, e no mesmo patamar do índice nacional, nesta comparação (4,76%).
A tabela abaixo mostra o IPCA para Brasil e áreas pesquisadas, no mês, acumulado no ano de 2017 e acumulado nos 12 meses encerrados em fevereiro.
Educação
Dentre os grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA, Educação (7,20%) teve a maior alta em fevereiro na Região Metropolitana de Salvador, seguido pelo grupo Transportes (2,18%), o qual, por seu maior peso no orçamento das famílias, foi o que mais contribuiu para o aumento da inflação (0,40 ponto percentual ou quase 70% do IPCA de fevereiro em Salvador). As variações dos grupos Educação e Transporte, em Salvador, foram as maiores dentre as regiões pesquisada pelo IPCA.
O gráfico a seguir mostra as variações dos grupos que formam o IPCA, para a Região Metropolitana de Salvador, em fevereiro e no acumulado no ano de 2017.
A variação do grupo Educação (7,20%) foi a maior para um mês de fevereiro em Salvador desde 2003, quando havia sido de 7,66%, e ficou acima do índice geral da inflação em 2016 na região metropolitana (6,72%). O que mais puxou o IPCA desse grupo para cima foram os cursos regulares (creches, escolas e universidades), que registraram variação de 10,13% em Salvador, a maior do país.
Já no grupo Transportes (2,18%), o item que mais subiu foi a gasolina, que, com aumento de 8,79%, teve o maior impacto individual no IPCA de fevereiro na Região Metropolitana de Salvador: 0,28 ponto percentual. No país, só foram registrados aumentos da gasolina em fevereiro em Salvador (8,79%) e Campo Grande/MS (0,74%). O etanol, que também teve variação negativa no país em geral (-0,72%), registrou alta expressiva na Região Metropolitana de Salvador, de 9,50%.
Alimentação e Bebidas têm queda de -0,9% em fevereiro
Assim como ocorreu para a média do país, na Região Metropolitana de Salvador, a variação negativa do grupo Alimentos e Bebidas (-0,90%) em fevereiro foi decisiva para conter o IPCA, com um impacto de -0,27 ponto percentual.
A redução foi puxada pela alimentação no domicílio, que teve recuo de -1,31% em fevereiro, influenciada, sobretudo, pelas reduções nos preços médios do feijão (-13,61%) e do leite (-8,28%).