A indústria baiana segue penando com a crise. Em janeiro a produção do setor no estado caiu 15,5% em relação a igual mês do ano passado. Foi o pior desempenho do país. Nesta base de comparação, apenas a indústria gaúcha (queda de 4,1%) e da Região Nordeste (-2,9%) também registraram resultados negativos. Em relação a dezembro/2015 a retração do setor na Bahia alcançou 4,3%, também a mais intensa de todo o Brasil. Os dados foram divulgados agora há pouco pelo IBGE.
Na comparação janeiro de 2017/ aneiro de 2016, o setor industrial da Bahia mostrou recuo em oito das 12 atividades pesquisadas. As influências negativas mais importantes sobre o total global vieram dos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-21,9%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (-38,0%) e de metalurgia (-32,4%), pressionados, principalmente, pela menor produção de óleo diesel, óleos combustíveis e naftas para petroquímica, no primeiro; de automóveis, no segundo; e de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre, no último.
Vale citar ainda os recuos vindos de indústrias extrativas (-19,6%), de produtos alimentícios (-6%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-69,7%) e de produtos de borracha e material plástico (-6%).
Em sentido contrário, as atividades de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (18,4%), de celulose, papel e produtos de papel (4%) e de produtos de minerais não-metálicos (13%) exerceram os principais impactos positivos, impulsionados, em grande parte, pelo aumento na produção de tênis de material sintético; de pastas químicas de madeira (celulose); e de massa de concreto preparada para construção, ladrilhos, placas e azulejos de cerâmica para pavimentação ou revestimento e cimentos “Portland”, respectivamente.