As micro e pequenas empresas (MPEs) da Bahia – setor composto por 871 mil empresas, que injetam R$ 71 bilhões por ano na economia local e criam cerca de 80% dos postos de trabalho – ganham um forte aliado na construção e implantação de políticas públicas e ações para o seu desenvolvimento no estado. Com a participação de representantes de entidades do governo e do setor privado, a nova estrutura do Fórum Regional Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte foi apresentada nesta sexta-feira (2), na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), no bairro do Stiep, em Salvador. Composto por órgãos governamentais, Sebrae e entidades de apoio e representação dos segmentos de MPEs, o fórum é a principal instância de discussão de temas relacionados às micro e pequenas empresas no estado.
“É muito bom que a gente tenha uma política pública para incentivar o desenvolvimento das micro e pequenas empresas. Elas são o setor que mais emprega no estado. Nossa grande luta hoje é o combate ao desemprego e as MPEs, com certeza, são um grande aliado na abertura de novos caminhos na matriz econômica do estado, com a consequente geração de empregos”, afirmou o secretário do Desenvolvimento Econômico, Jorge Hereda, na abertura do evento.
Segundo Hereda, após sete anos de atuação, foram necessárias algumas mudanças na estrutura de funcionamento do fórum, com o intuito de otimizar operacionalmente, objetivar as pautas estratégicas e dinamizar as ações em busca de melhores resultados. Uma das novidades é a redução dos comitês temáticos de seis para três: Competitividade & Acesso a Mercado; Investimento & Financiamento e Desburocratização & Compras Governamentais.
União e Envolvimento
Representantes do governo e da iniciativa privada comemoraram a nova arrancada. “Queríamos retomar as ações do fórum, mas sem ser apenas uma ação de estado. A resposta está sendo dada hoje com a participação de todos aqui”, revelou Paulo Sérgio Ferraro, superintendente de Desenvolvimento de Empreendimentos da SDE.
De acordo com o superintendente Sebrae/Ba, Adhvan Furtado, a palavra que define essa nova arrancada do fórum é união. “Se não estivermos estruturados para lutar não conseguimos nada. O fórum vem para isso, para nos unir. Confiança e envolvimento são fundamentais”, afirmou.
“O comércio é parte significativa da economia do país. Com trabalho, união e participação fica mais fácil atravessar situações adversas na busca do desenvolvimento”, destacou Carlos Andrade, presidente da Fecomércio. “Encontrar uma nova dinâmica para um setor tão importante da nossa economia é uma grande missão. Acredito que o fórum seja o espaço ideal para isso”, afirmou Ricardo Alban, presidente da Fieb.
Estiveram presentes também ao evento, Bruno Quick, gerente de Políticas Públicas do Sebrae nacional – que proferiu palestra sobre a Lei Complementar Crescer sem Medo – e Fábio Silva, diretor de Empreendedorismo e Artesanato da Secretaria Especial da Micro e Pequena Empresa, ligada ao Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Silva falou sobre a importância dos fóruns para a construção de políticas públicas.